Cabo Campos sugere que vídeo de execução em Vitória do Mearim pode ter sido editado
Política

Cabo Campos sugere que vídeo de execução em Vitória do Mearim pode ter sido editado

Parlamentar ainda defendeu como algo normal que Companhia Independente de Viana use vigilantes municipais em operações da Polícia Militar

O deputado Cabo Campos, do PPS, saiu em defesa, nesta quarta-feira (3), dos dois policiais militares – sargento Miguel e soldado Gomes – envolvidos na execução em praça pública, na quinta-feira passada, dia 28, no município maranhense de Vitória do Mearim.

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"Eu quero aqui tornar a falar sobre o caso de Vitória do Mearim, mas antes eu quero dizer para todos os deputados, pessoas da imprensa, que antes de fazer qualquer julgamento àqueles dois homens honestos, trabalhadores, honrados, policiais militares que estavam fazendo o seu serviço, antes de tomar qualquer atitude, que vejam o vídeo na íntegra", pediu.

Durante a defesa, o parlamentar relembrou o caso da Milícia 36, viralizado em São Luís nas eleições municipais de 2012, para sugerir que o vídeo postado pelo Atual7, que revelou que os militares acompanharam a barbárie e ainda deram cobertura para o autor dos disparos, pode ter sido editado.

"Este deputado que vos fala, quando policial, no ano de 2012, para que um candidato à Prefeitura de São Luís pudesse se sobrepor ao atual prefeito da cidade, fizeram um vídeo, chamado vídeo da Milícia 36. Prenderam 10 pais de famílias, 10 trabalhadores da Segurança Pública, entre policiais militares e bombeiros militares, com o fino e total objetivo de desqualificar, em primeiro lugar, os trabalhadores e de fazer uma reversão naquilo que o ibope apontava, ou as pesquisas apontavam. E esse que vos fala passou 8 dias em cárcere. Posteriormente, com sangue frio, viram que o vídeo era totalmente montado, totalmente editado", comparou.

Cabo Campos ainda defendeu uma prática ilegal da 13ª Companhia Independente de Viana, comandada pelo Major Ferreira, que usa vigilantes contratados pelos municípios de Viana, Arari, Vitória do Mearim, Cajari e Penalva em operações da Polícia Militar, como ocorreu no dia da execução do mecânico Irinaldo Batalha pelo vigilante Luis Carlos Machado de Almeida, contratado da Prefeitura de Vitória do Mearim, mas cedido para a delegacia da cidade, como atestou a prefeita do município, Dóris Rios.

"Nessa viatura estava o vigilante Luís Carlos, servidor do município de Vitória do Mearim. Mas por que um vigilante do município estava na viatura da PM, como se PM fosse? Vou esclarecer. Em muitos municípios onde o efetivo de PM é mínimo, é comum ter convênio entre Prefeitura e PM, pelo qual um servidor civil normalmente ajuda quando é preciso conduzir uma motocicleta apreendida, um automóvel retido, enfim. Como a quantidade de PM na viatura é de apenas dois, isso ocorre com frequência, inclusive, a autoridade competente [Major Ferreira] é quem autoriza que isso ocorra, terá que responder o motivo desse arremedo, porque certamente não foram os PM’s que convidaram esse vigilante para estar na viatura da Polícia, sem uma ordem superior, eles não fariam isso", disse.



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