Sarneysistas tentam empurrar Roseana para a Assembleia Legislativa
Política

Sarneysistas tentam empurrar Roseana para a Assembleia Legislativa

Medida é apontada como saída para a peemedebista reconquistar foro no Judiciário

Sarneysistas que não têm coragem de enfrentar na corrida majoritária o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), apontam desde a semana passada para a desistência em tentar convencer a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) de que ela poderia levar a melhor numa eventual disputa contra o comunista nas urnas, em 2018.

Após quase seis meses sem sucesso falando em nome de Roseana, a oligarquia resolveu mudar a rota e, em vez de continuar a sustentar uma falsa candidaturapermitir um cisma desnecessário dentro da família ou provocar o suicídio do grupo numa eventual entrada dupla na majoritária, pelo menos garantir à ex-governadora a reconquista de foro no Judiciário, por meio de um possível mandado na Assembleia Legislativa do Maranhão.

E ainda há outros benefícios que seriam alcançados e abrangeria todo o grupo.

Pelo plano, Roseana ainda caminharia pelos municípios do Maranhão como liderança estadual ao lado de seu irmão e ministro do Meio Ambiente Sarney Filho, prestando-lhe musculatura à raquítica pré-candidatura ao Senado Federal; carregaria outros candidatos com facilidade para a Assembleia; e ainda posaria de madrinha do nome que o PMDB apoiará para o governo estadual.

O clã acredita que, de todas as cartas postas na mesa — não é de baralho —, a que pode mais agradar Roseana a entrar novamente no jogo eleitoral é a possibilidade real que a peemedebista tem de escapar do promotor Lindonjonson Sousa e da juíza Oriana Gomes, e ser protegida diretamente pelos aliados no Tribunal de Justiça do Maranhão.

Desde que Flávio Dino assumiu o Palácio dos Leões, a ex-governadora tem sido bombardeada por uma série de investigações e processos criminais e por corrupção, que de forma inédita a tornaram ré e só não a levaram até agora para a prisão por força oculta de desembargadores amigos.

Eventualmente eleita deputada estadual, a ex-governadora ganharia o brinde constitucional do foro por prerrogativa de função, passível de abertura de inquérito somente pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) e com poder de autorização para início de qualquer investigação apenas pelo TJ-MA.



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