Editorial
Adesão a Sarney marca 6 meses do segundo governo Dino
Editorial

Comunista buscou oligarca, a quem culpava como responsável pelo atraso do Maranhão, alegando diálogo sobre a democracia do Brasil

Confirmado em 2014 e reconfirmado em 2018 como novo Capo di tutti capi (ou Capo dei capi) – expressão utilizada para designar “o chefe de todos os chefes” – do Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB) sempre teve em sua base aliada na Assembleia Legislativa e Congresso Nacional todos os sarneystas que nasceram e cresceram politicamente sob as hostes da chamada oligarquia cinquentenária, mas nada se comparava a um dia estar ao lado e virar aliado do ex-chefão do clã: o próprio José Sarney (MDB-MA).

Em seis meses de seu segundo mandato à frente do Palácio dos Leões, não falta mais.

Segundo postou o próprio Dino no Twitter, ele deixou o discurso de lado e buscou e conseguiu encontro com Sarney com o objetivo de dialogar com o oligarca – o comunista, frisa-se, na publicação, não se referiu ao emedebista com esse adjetivo – sobre o quadro político nacional e o risco que corre a democracia do Brasil.

Novamente: Flávio Dino não foi falar sobre, segundo ele acusava até dia desses, a responsabilidade de Sarney sobre o atraso do Maranhão, nem sobre os desvios de dinheiro público pelos governos sarneystas, muito menos sobre a participação de Sarney na ditadura militar. O diálogo foi sobre como podem trabalhar juntos pela democracia brasileira.

Ou seja, de câncer da política, José Sarney passou a ser inspiração e aliado. Tudo pelo bem do povo, quer fazer crer Flávio Dino.

Para ex-sarneystas, agora batizados como dinistas, o encontro representa um marco na história política do Maranhão e o amadurecimento político de seu novo chefe maior, em apenas seis meses de seu segundo mandato no comando do Executivo estadual. Para o deputado estadual Wellington do Curso (PSDB), porém, único independente e a destoar de todos os outros agentes políticos do estado, a adesão de Dino a quem jurava ser maior desafeto, sob a alegação de luta pelo bem da democracia, representa o principal ato de incoerência da história política do governador do Maranhão.

Colocando na balança, tem razão apenas Wellington: que políticos não tem inimigos, mas adversários, tudo bem, é justificável. Mas nada custa o político ter vergonha na cara.

Sorveteria ou Coaching, mais de R$ 18 milhões foram afanados da saúde
Editorial

Governo ignora a contratação de uma empresa de fachada para focar em tentativa de desqualificação da Operação Pegadores

Um dia após ser descoberto pela força-tarefa da Operação Pegadores como palco de corrupção, o governo Flávio Dino (PCdoB) e seu entorno traçaram a estratégia nada republicana de tentar desqualificar as investigações e a credibilidade da Polícia Federal.

Para isso, o Palácio dos Leões usou a própria estrutura para vazar documentos da Junta Comercial do Maranhão (Jucema) que comprovariam que uma das empresas de fachada utilizadas pela quadrilha para assaltar os cofres públicos já não era mais uma sorveteria, mas uma empresa de Coaching.

Mas afinal, qual a importância tem isso?

O fato — que deveria ser a preocupação de um governo que se diz sério e incorruptível — é que uma empresa de fachada virou uma firma especializada na gestão de serviços médicos da noite pro dia, subtraindo apenas com essa movimentação mais de R$ 1,2 milhão da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O fato — que deveria ser a preocupação de um governo que se diz sério e incorruptível — é que se o dinheiro não tivesse sido desviado, mais pessoas poderiam ter sido atendidas pela rede pública estadual de saúde e, talvez, um número menor delas teria morrido à espera desses serviços.

O fato — que deveria ser a preocupação de um governo que se diz sério e incorruptível — é que pessoas nomeadas e empresas contratadas ou mantidas pela atual gestão, e não pelas anteriores, foram os responsáveis pela subtração dos recursos federais destinados para o benefício da população.

O fato — que deveria ser a preocupação de um governo que se diz sério e incorruptível — é que pessoas da mais alta confiança do Palácio dos Leões, como o secretário Carlos Lula, o médico Phil Camarão, e a cunhada do homem mais forte do Poder Executivo estadual, foram todos flagrados tomando ciência do esquema criminoso e também participando deste.

É fato que é um escândalo o uso de uma sorveteria para roubar dinheiro da saúde, mas também é o uso de uma empresa de Coaching para o mesmo fim. Em vez de salto triplo carpado hermenêutico, o que se espera de Flávio Dino e seu entorno é, pelo menos, decência. Pouco importa se foi uma sorveteria ou uma empresa de Coaching, mas que mais de R$ 18 milhões foram desviados.

A onda Wellington-11
Editorial

Editorial assinado por Robert Lobato, Yuri Almeida e Diego Emir

Não é vermelha, amarela, verde, rosa, lilás ou outra cor qualquer. A onda que toma conta da cidade de São Luis tem nome e número: Wellington 11,

Alvo de ataques, agressões e injúrias da máquina de propaganda dos dois mais poderosos palácios governamentais do Maranhão, o Palácio dos Leões (governo) e o La Ravadière (prefeitura de São Luis), o candidato Wellington segue firme e crescendo em todas as pesquisas de intenção de voto.

O candidato progressista caiu na “graça do povo” e só uma hecatombe política pode tirar o Wellington do segundo turno da eleição de prefeito da capital.

Pelos quatro cantos da nossa querida São Luis de 404 anos só dá Wellington-11.

A cidade está sedenta de mudança de verdade!

O atual prefeito frustrou todas as expectativas de dias melhores para a capital. As principais propostas da campanha de 2012 feitas por Edivaldo ficaram pelo caminho e se perderam na incompetência do prefeito eleito.

Edivaldo delegou a administração de São Lus a quem não tem voto, por conseguinte não tem legitimidade para governar o destinos da cidade. O povo não elegeu Flávio Dino ou Márcio Jerry prefeitos de São Luis. Povo elegeu foi Edivaldo-36, mas desgraçadamente o jovem gestor resolveu deixar de ser tutelado pelo pai, o velho e bom deputado Edivaldo Holanda Braga para ficar tutelado pela dupla Dino/Jerry.

O resultado é uma cidade que vive sob a mentira de uma parceria que de fato não existe. O prefeito Edivaldo não pega no dinheiro do Governo do Estado, o que existe é a intervenção direta do poder comunista na capital. Ou seja, a tese do “puxadinho” é clara e evidente na vida real da gestão Edivaldo.

O governo e o governador não gostam do prefeito, no máximo o toleram por conveniências políticas, tanto que o candidato do coração de Flávio Dino era o deputado estadual Bira do Pindaré, que é “cuspiado e escarrado” o governador comunista no que diz respeito à vaidade.

A cidade de São Luis vive a onda Wellington-11. Há uma via sem volta rumo à mudança de verdade, não aquela tal “mudança de gogó”.

O candidato Wellington-11 está focado no projeto de transformação de São Luis. Ele possui visão empreendedora e estratégica da capital maranhense.

A favor de Wellington está uma rede política que conta dos três senadores da República, Edson Lobão, João Alberto e Roberto Rocha, vários deputados federais, com destaque para André Fufuca, presidente estadual do PP, e ainda o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Partido Progressista. Aliás, vale destacar o setor da saúde, cujo ministro é do mesmo partido de candidato do 11.

Isso tudo sem falar no apoio que Wellington terá do presidente Michel Temer, que tem sido municiado diariamente sobre o quadro político e eleitoral de São Luis, ou seja, o Palácio do Planalto está acompanhando com grande interesse a eleição de prefeito da nossa capital.

Enfim, a campanha covarde e desqualificada que os adversários de Wellington-11 têm feito não está surtindo efeito. Pelo contrário, enquanto mais batem, difamam, injuriam e agradem o candidato, mais ele cresce e se fortalece.

Não tem jeito: o povo já escolheu Wellington-11 prefeito de São Luis.

E quando o povo quer, já era.

O impeachment e o Maranhão
Editorial

Editorial assinado por Robert Lobato, Yuri Almeida e Diego Emir

Amanhã, dia 29 de agosto de 2016, a presidente afastada Dilma Rousseff irá ao Senado Federal fazer sua defesa contra as acusações de que teria praticado crime de responsabilidade, o que poderá levá-la ao seu afastamento definitivo da Presidência da República.

Estes editorialistas não entram no mérito de que a presidente deve ou não sofrer impeachment, posto que esta é uma questão para os senadores resolverem. O que nos interessa é saber o que o Maranhão ganhará com a volta de Dilma ou a permanência do Michel Temer à frente do Palácio do Planalto.

Os três senadores do Maranhão, Edson Lobão e João Alberto, ambos do PMDB, e Roberto Rocha, do PSB, têm nas mãos talvez a maior responsabilidade da história das suas vidas enquanto políticos.

Até aqui, o que interessa não é saber o que os três representantes maranhenses estão negociando para votar contra ou a favor do impeachment, mas o que se espera é que eles estejam colocando os interesses do povo em primeiríssimo lugar.

O Maranhão foi o estado que deu a maior votação tanto para Lula quanto para Dilma, mas não estamos certos de que essas votações foram reconhecidas pelos governos petistas em forma de obras estruturantes para o estado.

Não obstante, programas sociais como o Bolsa Família, Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida, Projovem, Pronatec, ProUni, Luz para Todos, Água para Todos e outros tenham beneficiados milhões de maranhenses, não podemos deixar de registrar nossa indignação pelo fato do Maranhão ser passado para trás no caso da Refinaria Premium, por exemplo. Isso sem falar no “encolhe-estica” da duplicação da BR-135, que na prática encontra-se paralisada.

Temos a clara compreensão de que o três senadores do Maranhão devem colocar na mesa de negociação com um e outro lado, ou seja, com Temer e com Dilma, um conjunto de demandas que possam fazer deste pedaço de chão brasileiro um lugar melhor de viver.

Edson Lobão, João Alberto e Roberto Rocha estão na condição de fies da balança no processo de impeachment. Se votarem unidos, como anda anunciando a imprensa local e nacional, poderão “eleger” o presidente ou a presidente.

Exatamente por esta condição de juízes que podem mudar os rumos da história do Brasil, e por conseguinte do Maranhão, é que a bancada maranhense no Senado Federal tem a condição real e concreta de imprimir uma outra realidade local.

Nunca o Maranhão esteve numa situação tão importante na República quanto agora.

Nunca os senadores maranhenses tiveram tanta chance de honrar cada voto que conquistaram nas urnas.

Enfim, não se trata apenas de uma questão de escolha de Edson Lobão, João Alberto, ambos do PMDB, e Roberto Rocha.

Trata-se de uma questão estratégica histórica que não pode ser desperdiçada.

Trata-se, por fim, de colocar o Maranhão em primeiro lugar.

Ao menos dessa vez!

Por uma Câmara Municipal forte, autônoma e renovada
Editorial

Editorial assinado por Robert Lobato, Yuri Almeida e Diego Emir

Não haverá uma São Luis melhor para se viver se a cidade não tiver uma boa representação na Câmara Municipal de Vereadores. Pode ser o prefeito ou prefeita que for. Se a Poder Legislativo municipal continuar sendo isso que temos hoje nossa capital não avançará.

É importante e fundamental que a Câmara de Vereadores de São Luis seja forte, autônoma e devidamente renovada nesta eleição que se aproxima.

Salvo raríssimas exceções, a atual representação dos cidadãos e cidadãs na Câmara Municipal é sofrível. Basta ver que poucos ludovicenses sabem o nome de ao menos cinco vereadores de São Luis. E muito menos sabem para que votou para vereador nas eleições de 2012.

O que temos atualmente em termos de Câmara Municipal é quase um órgão, uma extensão da Prefeitura de São Luis. Nossos vereadores não conseguem pautar a cidade com boas e necessárias iniciativas. Nenhuma discussão importante é tratada com profundidade que se espera de um Poder Legislativo de uma capital.

Aliás, o mais importante: não há transparência nos atos da Câmara Municipal de São Luis. Nem site tem!

Escândalos como o da dinheirama envolvendo o Bradesco e dos servidores fantasmas até hoje nunca foram devidamente explicados e não se tem notícia de que algum vereador pagou pelos crimes cometidos contra o Legislativo da capital.

A novela da licitação do transporte público de São Luís é outro vexame que passou ao largo da maioria do vereadores da cidade.

Da mesma forma, o esquema dos R$ 33,2 milhões ISEC é outro escândalo que envolveu praticamente todos os 31 vereadores de São Luis e nada foi apurado ou investigado. Comissão Parlamentar de Inquérito, a famosa CPI, é coisa rara da Câmara de Vereadores da nossa cidade. Simplesmente não se tem notícia de alguma grande e importante CPI realizada no âmbito do Poder Legislativo municipal.

O fato é que é urge aos eleitores dar um duro recado nas urnas para os atuais vereadores de São Luis e partir para a renovação da nossa representação na Câmara Municipal de São Luis, a partir de 2 de outubro.

Não teremos uma nova São Luis com velhos vereadores que só entendem de vantagens pessoais, cargos, sinecuras e dividendos outros. Podemos eleger o prefeito ou prefeita que for, mas se não mudarmos a cultura que atualmente existe na Câmara de Vereadores pouco adiantará.

Uma Câmara Municipal forte, autônoma e renovada é uma necessidade fundamental para construirmos uma São Luis melhor para se viver.

Os candidatos a prefeito da nossa cidade, aliás, deveriam ser os primeiros a defender essa ideia de um Poder Legislativo mais qualificado e menos dependente dos interesses, muito das vezes mesquinhos, do Palácio de La Ravardière. E espera-se que, nesses dias de campanha, pelo menos um deles se levante em defesa disso. A não ser que interesse ao futuro prefeito ou prefeita deixar tudo do jeito que está.

Por que apoiamos Wellington do Curso para prefeito de São Luís
Editorial

Editorial assinado por Robert Lobato, Yuri Almeida e Diego Emir

Não é comum os profissionais da imprensa expressar claramente quem são seus candidatos em uma eleição majoritária, sobretudo num estado marcado por relações e costumes quase provincianos, onde o medo de sofrer represálias e perseguições por expor preferência políticas e eleitorais é quase uma regra.

Na contramão dessa cultura arcaica que ainda persiste no Maranhão, os signatários deste Editorial não têm quaisquer receio de declarar apoio à candidatura do deputado estadual Wellington do Curso – 11 – a prefeito de São Luís.

Temos a responsabilidade, enquanto formadores de opinião, de justificar no apoio a esse jovem político por diversos motivos relacionados a seguir.

Em primeiro lugar, Wellington do Curso é um político de origem popular que sabe, por experiência própria, o que significa a maioria das dificuldades que o povo da nossa cidade enfrenta. Wellington não nasceu em berço de ouro e muito menos tem aquilo que via de regra é condição sine qua non para se obter sucesso na política: pedigree. Pelo contrário, o candidato a prefeito pelo PP é de uma família sem tradição política ou empresarial, mas honrada.

Entretanto, não é somente as origens familiares de Wellington do Curso que o fazem, aos nossos olhos, ser a melhor opção para comandar os destinos dos ludovicenses pelos próximos quatro anos.

Muito mais do que uma pessoa do povo e igual ao povo, Wellington do Curso é um profissional qualificado, um deputado atuante, que exerce a atividade parlamentar com dedicação e seriedade, e ainda um gestor organizado, talentoso, focado e extremamente responsável com os negócios que administra. É aquilo que comumente chamamos de um “empresário bem sucedido”.

Estamos falando de um empreendedor nato, de alguém que trabalha segundo os objetivos, metas, planos e resultados que pretende alcançar. Trata-se de uma pessoa que faz porque saber fazer, enfim, não é de “gogó”.

Não é por acaso que o candidato Wellington do Curso conseguiu firmar-se com uma marca na área empresarial em que atua, qual seja o de curso preparatório para concursos e vestibulares.

Se hoje o empresário Carlos Wellington é responsável pela realização dos sonhos de milhares de jovens, homens e mulheres, muito deve-se ao seu talento de empreendedor e ousadia de gestor. E se hoje o empresário de sucesso Carlos Wellington se tornou o político Wellington do Curso – um político de primeira grandeza no nosso estado, diga-se –, é por causa da sua dedicação em tudo o que faz.

São Luís não tem mais tempo a perder. Nossa cidade de mais de 400 anos não pode cair em novas armadilhas eleitorais. A população não pode ser vítima mais uma vez do engodo, das promessas de campanhas que não serão cumpridas. Nossas crianças não podem novamente ser iludidas junto com os seus pais de que terão escolas de qualidade em tempo integral ou creches modernas. Chega de enrolação com a saúde, das mentiras de construção hospitais que nunca saem da fase dos baldrames.

Da mesma forma, é chegada a hora de moralizar e humanizar o transporte público da nossa capital, oferecer novas e modernas alternativas de mobilidade urbana para a população e dar um fim ao caos que virou o trânsito de São Luís.
A cidade precisa de mais espaços púbicos de vivências e convivências, área de lazer para a nossa juventude e para os nossos idosos. Precisa também de recantos naturais, de amor e zelo pelo meio ambiente, que passa necessariamente pela recuperação dos nossos rios e suas nascentes.

Por tudo isso que é que acreditamos que a melhor opção para superar a cidade do pesadelo que temos e construir a cidade dos nossos sonhos é que confiamos nosso apoio ao candidato Wellington do Curso.

Isso tudo sem falar que o candidato Wellington do Curso representa a possibilidade de formação de um novo grupo político para o Maranhão, que não esteja atrelado nem ao vitorinismo do passado e muito menos o vitorinismo do presente.

Por fim, da mesma forma que estamos apresentando o deputado Wellington do Curso como o nosso candidato a prefeito de São Luís, também estaremos atenciosos para cobrá-lo e fiscalizá-lo, caso ele chegue a sentar-se na cadeira de chefe do Executivo da nossa capital.

São Luís nasceu para dar certo.

O que está faltando é gestor.

É a hora de Wellington do Curso, prefeito.

Editorial

Editorial assinado por Diego Emir, Robert Lobato e Yuri Almeida

Os especialistas em direito eleitoral são praticamente unânimes em afirmar que as eleições municipais de 2016 serão as mais judicializadas da história.

As regras eleitorais para o pleito de outubro próximo estão dadas e preveem duras penas para candidatos, partidos e coligações que abusarem da campanha, sobretudo do ponto de vista do abuso do poder econômico.

O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lembra que a Constituição Federal de 1988 definiu o Ministério Público como “instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis” (art. 127 da CF). E mais: Nos termos do art. 128 da CF, o Ministério Público é composto: 1) pelo Ministério Público da União, que abrange o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; e 2) pelo Ministério Público dos Estados.

Daí que legislador com o propósito de regulamentar o disposto no mencionado artigo, foi criada a Lei Orgânica do Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993), que, dentre outras disposições, estabelece ser de competência do Ministério Público Federal exercer, no que couber, junto à Justiça Eleitoral, as funções do Ministério Público, atuando em todas as fases e instâncias do processo eleitoral (art. 72).

Nesse sentido, o TSE alerta ainda que no campo jurisdicional, o Ministério Público Eleitoral (MPE) tem legitimidade para ajuizar, dentre outras, ação de impugnação ao registro de candidatura (art. 3º da LC nº 64/1990), ação de investigação judicial eleitoral (art. 22 da LC nº 64/1990) – no combate ao abuso de poder político e econômico –, representação por captação ilícita de sufrágio (art. 41-A da Lei nº 9.504/1997), representação por conduta vedada (art. 73 da Lei nº 9.504/1997), bem como para oferecer denúncia com fundamento em infrações penais eleitorais (art. 357 do CE).

Mas, no Maranhão, não é somente em relação aos abusos de poder econômicos e político que o MPE deve ficar com as antenas ligadas.

Há em curso uma atuação escancarada de alguns veículos de comunicação que usam e abusam, se não para atacar adversários, para promover aliados do poder.

Concessões públicas de tevês, rádio, sites etc., estão cometendo o que para a legislação eleitoral vigente são graves crimes que comprometem o necessário equilíbrio na disputa, por exemplo, pela Prefeitura de São Luis.

Alguns veículos notórios, arrendados ou não, quando não tripudiam contra adversários fazem campanha aberta aos atuais mandatários do poder público municipal.

São programas de rádio e tevê que dão uma gama de material criminoso para que o MPE, se não fizer estranhas vistas grossas, entre em ação e coloque um basta nos abusos cotidianos que pseudos comunicadores praticam em nome de um suposto jornalismo.

Além disso, um outro ponto fundamental que o MPE deve ficar atento é quanto à indústria das pesquisas eleitorais.

No interior do estado, principalmente, há suspeitas de um esquema criminoso de pesquisas patrocinadas, por vias transversas, com o dinheiro público para bombar candidatos oficiais do aparelho estatal.

Diante desse quadro nebuloso, e até mesmo criminoso, cabe ao Ministério Público Eleitoral, portanto, mostrar-se atento, agir, e não apenas ficar deitado em berço esplêndido, como realmente parece estar.

Editorial

Editorial assinado por Diego Emir, Robert Lobato e Yuri Almeida

O quadro eleitoral pela disputa da Prefeitura de São Luis aos poucos vai ganhando forma.

Até aqui três candidatos têm se destacado na preferência dos eleitores da capital maranhense: Edivaldo Holanda (PDT), Eliziane Gama (PPS) e Wellington do Curso (PP).

Isso não significa, evidentemente, que a eleição ficará restrita a estes três nomes, posto que deverão surgir candidatos de partidos mais à esquerda do espectro político, como o PSOL, PSTU e PCB, e ainda a possibilidade de uma candidatura do PT.

Há também o nome do deputado estadual Eduardo Braide (PMN), da vereadora Rose Sales (PMB), do vereador Fábio Câmara (PMDB), do ex-vereador João Bentivi (PHS) e ainda uma provável candidatura do PSB, ou seja, numa eleição de dois turnos e bastante disputada como tende ser esta para prefeito de São Luis, o desempenho de todos os candidatos pode influenciar no resultado final quando chegar o momento de declarar apoio para esse ou aquele candidato no segundo turno do processo eleitoral.

Não obstante os vários pretendentes ao posto de prefeito da maior e principal cidade do Maranhão, o que o povo de São Luis está interessado é menos em nomes e mais no que eles podem oferecer em termos de projetos factíveis e viáveis para ao menos atenuar os graves problemas que o afeta em praticamente todas as áreas da administração municipal.

Está claro que a fórmula adotada pelo então candidato Edivaldo Holanda em 2012, qual seja de apresentar soluções para todas as mazelas da cidade, não deu certo. Foram propostas demais e resultados de menos.

Agora que pretende garantir mais quatro anos de mandato, o prefeito Edivaldo sente sobre as costas o peso da cobrança popular quanto aos vários compromissos de campanha que nunca saíram do papel, correndo agora o sério risco de sequer chegar ao segundo turno da eleição deste ano.

Independente de quem for eleito em outubro próximo, o que importa é saber se ele ou ela saberão administrar uma capital de mais de 1 milhão de habitantes que agoniza em meio à situações precárias na educação, saúde, saneamento, transporte, infraestrutura etc.

Já ficou claro que não basta apenas experiência e muito menos “inspiriência” para gerir São Luis. A nossa capital necessita fundamentalmente é de uma gestão qualificada, moderna, arrojada, transparente, participativa e honesta.

Basta de invenções mirabolantes feitas entre quatro paredes das agências de marketing. Chega de sorrisinhos candentes no horário eleitoral. Vamos parar de brincar com a inteligência da população por meio de programas eleitorais bem produzidos e que prometem, como num passe de mágica, resolver todos os problemas da cidade.

São Luis não aguenta mais quatro anos de engodo, seja com a renovação do mandato do atual prefeito, seja com a eleição de um novo gestor ou uma nona gestora. Além de não aguentar, não merece ser mais uma vez enganada com promessas de “mudança”, uma palavra tão desgastada que para alguns já se tornou um palavrão.

Vença quem vencer a eleição de prefeito de São Luis, espera-se do vencedor não somente compromisso com a palavra empenhada na campanha, mas principalmente vergonha na cara para, uma vez empossado no cargo, não ficar quatro anos colocando culpa no antecessor com a ladainha de ter recebido uma “herança maldita”.

Isso, claro, vale também para Edivaldo, pois mesmo se conseguir a façanha da reeleição não poderá mais usar o discurso de colocar a culpa do seu fracasso administrativo no “prefeito anterior”. A não ser que cometa um lapso de memória e culpe a si mesmo.

O fato é que São Luis nunca teve tanta pressa de se tornar, enfim, uma capital digna de ostentar o título de Patrimônio da Humanidade. Infelizmente, os últimos gestores lhe negaram a condição mínima de ser uma cidade boa para se viver. O caos ainda é uma realidade.

E que vença a eleição quem melhor entender aquilo de que o povo precisa e não somente o que ele quer.

Editorial

Editorial assinado por Diego Emir, Robert Lobato e Yuri Almeida

O Brasil passa por um extraordinário processo de depuração na conduta de políticos, empresários, empresas e agentes públicos de uma forma geral. Deve-se isso à Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que, indiscutivelmente, veio para ficar e impor um novo padrão no relacionamento do setor público com o privado, ainda que seja passível de algumas críticas pontuais à determinados procedimentos no curso da sua ação.

Contudo, se por um lado a Lava Jato tem exposto as vísceras do mundo político e empresarial do país, falta ainda uma operação similar que tenha a coragem de igualmente dissecar o organismo vivo mais fechado da República: o Poder Judiciário.

No Brasil, temos os poderes Executivo e Legislativo completamente fiscalizados e com um controle social que, por bem ou por mal, faz com que os seus integrantes pensem duas vezes antes de praticar quaisquer safadezas, pois sabem que a opinião pública está de olho e a imprensa é implacável, praticamente incontrolável.

No âmbito do Poder Judiciário, porém, a coisa não é bem assim.

Aparentemente alheio ao que acontece no país em termos de combate à corrupção, o Judiciário abusa do corporativismo costumeiro como forma de brecar e até constranger quem ousa colocá-lo sob a mira de investigações, inclusive, jornalísticas.

Não é à toa que que a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça e ex-corregedora do Conselheiro Nacional de Justiça, Eliana Calmon, virou inimiga número um dos colegas togados quando, em 2012, enviou um relatório ao Supremo Tribunal Federal com os resultados do rastreamento feito pelo COAF, órgão de inteligência do Ministério da Fazenda, que descobriu R$ 856 milhões em “operações financeiras atípicas” - sendo, deste total, R$ 274 milhões em dinheiro vivo - feitas por 3.426 juízes e servidores, no período entre 2000 e 2010.

No Maranhão, infelizmente, o Poder Judiciário não foge à regra do que acontece no plano nacional quando o assunto é “caixa-preta” e corrupção.

Não obstante o nosso Judiciário ser compostos por uma imensa maioria de jovens, competentes e arrojados juízes que atuam nas comarcas do interior do estado, muitos exercendo suas funções profissionais em meio à condições precárias de trabalho, o nível de comprometimento com os interesses da coletividade parece diminuir quando se chega nas instâncias superiores da magistratura maranhense.

Basta ver o que ocorre, por exemplo, com os já famosos “tira e bota” de prefeitos corruptos.

O que se tem visto são os juízes lá nos municípios enfrentarem todo tipo de pressão política, mas, ainda assim, se for para cassar um gestor que praticou crimes contra o erário eles cassam. Porém, quando chegam esses processos ao Tribunal de Justiça do Maranhão sempre tem um desembargador ou uma desembargadora de plantão para dar uma canetada e voltar o malfeitor ao cargo.

O mais grave é que ouve-se aos quatros cantos pelos bastidores políticos e do próprio Judiciário a suposta existência de uma tabela de quanto custa uma liminar para prefeito corrupto. Talvez por isso mesmo é que em alguns municípios virou até piada a quantidade de vezes que sai o prefeito, assume o vice; sai o vice e volta o prefeito. Os casos estão aí aos montes.

São estes ”vai e vem” de prefeitos que ocorrem no Maranhão que levam a crer na existência de uma verdadeira indústria de liminares no Poder Judiciário de nosso estado. E, em ano eleitoral, essa indústria é ainda mais aquecida com a grande demanda que ocorre no Tribunal Regional Eleitoral.

O fato é que o Poder Judiciário precisa de um urgente processo de mudança administrativa e institucional. No caso do Maranhão, então, nem se fala. É mais profícuo a este poder que as mudanças partam dele próprio do que se ver obrigado a fazê-las por meio de uma Lava Jato da Polícia Federal.

Somente desta forma, enfrentando os seus próprios demônios, é que o Poder Judiciário se livrará da acusação da ex-ministra Eliana Calmon, de que “bandidos de toga” proliferam neste país.

Editorial

Editorial assinado por Diego Emir, Robert Lobato e Yuri Almeida

O “Stalin do Maranhão”
Josef Stalin foi um dos mais cruéis ditadores da história da humanidade.

O saudoso jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano costumava dizer que assim como temos que diferenciar a inquisição do cristianismo, também temos que separar stalinismo de socialismo.

Tirano de boa parte da história da antiga União Soviética, Stalin foi o responsável direto pelo grande salto que o país deu para deixar de ser uma economia meramente agrícola para se transformar em uma potência de primeiro mundo.

Mas esse salto soviético rumo ao desenvolvimento industrial e militar deu-se a um custo humano extraordinário. Em nome da “Pátria Soviética”, milhões de pessoas pagaram com suor e sangue.

Milhões de jovens, homens e mulheres foram escravizados para atender aos delírios megalomaníacos do ditador russo.

Desgraçadamente irônico, sob o lema da “defesa do proletariado”, explorou-se, expurgou-se, matou-se e fez-se misérias com pobres trabalhadores, inclusive muitos que eram “soldados da revolução”.

Não é por acaso que muitos intelectuais, mesmo da esquerda socialista, não se intimidam em afirmar que Stalin está para o comunismo como Hitler está para o nazismo, tal a brutalidade nos métodos para exterminar adversários que ambos os ditadores usaram e abusaram.

Por ser uma figura histórica tão cruel, chega a soar como exagero a comparação que o prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves, fez do governador Flávio Dino com Josef Stalin.

Contudo, se ao contrário de Stalin ele não mata, expurga ou explora o seu povo, não há como negar que o governador do Maranhão persegue, discrimina e processa adversários políticos por mera questão de ego. Flávio Dino tem o defeito que é próprio de quem não preza muito pelas diferenças de opinião: o defeito de guardar o sentimento de ressentimento.

Se Ribamar Alves, que é (ou era) aliado, apoiou e votou em Flávio Dino, o considera o “Stalin do Maranhão”, o que será que dizem do comunista os prefeitos que não estiveram no palanque do "65" em 2014?

A verdade é que o prefeito de Santa Inês apenas expressou algo que é recorrente na classe política, qual seja que Flávio Dino despreza e humilha aliados, e “mata” os adversários. Aliás, mesmo alguns desses aliados são colocados na lista vermelha do Palácio dos Leões por serem considerados como “ameaça” ao projeto de poder do comunismo no Maranhão.

Se Ribamar Alves exagerou ou não na comparação do nosso governador com ditador da antiga União Soviética, o fato é que ele revelou o que rola pelos bastidores da política entre os que ainda se dizem aliados do governador Flávio Dino.

Que Stalin descanse em paz.

Se isso for possível.

Editorial

Editorial assinado por Diego Emir, Robert Lobato e Yuri Almeida

Neste ano, os eleitores voltarão às urnas para eleger prefeitos e vereadores nos quase cinco mil municípios brasileiros.

Conta-se em verso e prosa que as eleições municipais são as mais importantes para a cidadania porque é no município onde nascemos, vivemos, construímos laços sociais etc.

Ocorre que as cidades brasileiras, salvo raríssimas exceções, não têm levado muita sorte com seus prefeitos. Com vereadores então, nem se fala.

No caso específico de São Luís, há anos a nossa capital de 400 anos vem sentido a falta de um prefeito de verdade. Aliás, prefeito até que teve, o que tem faltado é gestor de verdade.

Nas eleições de 2012, com eleição de Edivaldo Júnior, bem ou mal, criou-se um sentimento de que São Luis, enfim, teria o seu encontro com o desenvolvimento, competência, organização, controle, transparência e qualidade nos serviços públicos municipais que pudessem superar o quadro de “caos” que cidade se encontrava.

Passados quase quatro anos e com o mandato se exaurindo, a sensação corrente entre a população de São Luis é que atual prefeito fracassou na gestão em praticamente todas as áreas, com destaque para a educação, saúde e infraestrutura.

Não é por acaso que Edivaldo amarga índices altíssimos de rejeição a ponto de suas chances de conquistar o segundo mandato estejam cada vez mais distante do horizonte do prefeito.

Compromissos de campanha assumidos e não cumpridos, falta de planejamento, desorganização da máquina municipal, trânsito caótico, mobilidade urbana inexistente ou inadequada para os temos atuais, infraestrutura urbana e rural precária, falta de pagamento de fornecedores, enfim, há um desleixo quase que por completo na administração do prefeito Edivaldo Holanda Júnior.

Até a propalada licitação do transporte público de São Luis, uma das mais destacadas plataforma da campanha eleitoral do “É 36”, somente agora foi realizada e assim mesmo em meio a todo tipo de denúncia de irregularidades. Tanto que o processo foi judicializado do início, meio e fim. E tudo para acabar com as mesmas empresas que sempre exploraram o setor de forma ineficiente, incompetente e, em alguns casos, até corrupta.

Portanto, é pelo conjunto da obra (ou a falta dela?) que o prefeito Edivaldo Júnior parece estar a caminho da “degola” eleitoral em outubro próximo.

A situação do pedetista é tão complicada que nem mesmo aliados do porte do governador Flávio Dino escondem o desejo de ter um plano B para evitar o pior.

O irônico é que a esta altura ninguém sabe dizer ao certo quem puxa quem para baixo: se Edivaldo ou se Flávio Dino.

As pesquisas apontam para um abraço de afogados.

Veremos!

Diego Emir
Robert Lobato
Yuri Almeida