PF faz operação contra fraude com base em documentos apreendidos na Sema

Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão. Prejuízo calculado se aproxima de R$ 33 milhões

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira 11, a Operação Canafístula, com a finalidade de reprimir prática delitiva perpetrada por servidores públicos lotados na Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais), em conluio com particulares e engenheiros florestais.

A investigação teve por objetivo apurar a aprovação fraudulenta de planos de manejo florestais em empreendimentos rurais destinados à exploração de madeira, prática esta que visava acobertar a exploração ilícita de madeira em áreas de proteção federal, como terras indígenas e na Rebio Gurupi.

Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 8ª Vara Federal do Maranhão, com realização de 32 interrogatórios nas cidades de São Luís, São José de Ribamar, Buriticupu, Presidente Médici, Centro Novo, Chapadinha, Imperatriz, Balsas, bem como nas cidades de Belém e Paragominas no Estado do Pará.

De acordo com laudos periciais e análise técnica, realizados em 15 planos de manejo de processos ambientais apreendidos na Sema, durante as operações Hymenaea e Ouro Negro, deflagradas em 2016, foi possível observar dano ambiental de 148.258,90 m3 em toras de madeiras extraídas ilicitamente e que somente poderiam ser transportados em 4.235 caminhões. O prejuízo calculado apenas nesses projetos resulta no montante aproximado de R$ 33 milhões.

Os responsáveis foram indiciados pelos crimes de falsificação de documento público, inserção de dados falsos em sistema de formação e associação criminosa, além de crimes ambientais e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, canafístula, nome dado a operação, é uma espécie de árvore nativa da América do Sul, considerada uma árvore oportunista, que se beneficia de clareiras, sendo por este motivo muito utilizada em recuperação de áreas desmatadas.


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