Servidores do Socorrão II relatam falta de máscaras N95 em meio à pandemia
Cotidiano

Servidores do Socorrão II relatam falta de máscaras N95 em meio à pandemia

Secretário de Saúde de São Luís nega o problema. Dois servidores do hospital já foram confirmados com Covid-19

Servidores do Hospital de Urgência e Emergência Dr. Clementino Moura, conhecido como Socorrão II, em São Luís, relataram ao ATUAL7 que estão sendo obrigados a reutilizar máscaras N95 vencidas como tentativa de proteção de infecção do novo coronavírus (Covid-19), que já registrou 121 casos positivos apenas na capital, sendo três óbitos.

“Fui pedir uma e não tem. A minha já está vencida, mas continuo usando, com máscara cirúrgica por cima, para não ficar totalmente desprotegida”, disse uma profissional de saúde, sob a condição de ter o nome mantido em sigilo.

Recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo Ministério da Saúde, as máscaras N95 filtram partículas no ar e garantem proteção contra a contaminação que as máscaras cirúrgicas convencionais não dão.

Consultado, o secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, negou o problema e garantiu que não há falta do EPI (Equipamento de Proteção Individual) para os profissionais de saúde que precisam.

“Muito mais desespero que realidade. Não tem falta. Tem protocolo. Não temos que dar para todos. Só para quem vai entubar ou atender em áreas de contato direto com pacientes suspeitos”, disse, ainda na semana passada, quando os primeiros relatos surgiram.

Também na semana passada, segundo revelou o site Folha do Maranhão, a Direção do Socorrão II comunicou aos servidores do hospital municipal que houve a confirmação de dois casos positivos com Covid-19.

Além da falta de máscaras N95, os servidores também relatam que há cerca de um mês não está sendo realizado exame de gasometria arterial, feito pelo sangue para saber a oxigenação e a troca gasosa do paciente. “É absurdo! Os pacientes, principalmente em ventilação mecânica, precisam muito”, lamentou outra profissional de saúde.



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