Pressionado, Ministério da Educação anuncia adiamento do Enem
Cotidiano

Pressionado, Ministério da Educação anuncia adiamento do Enem

O adiamento das provas ocorre após pressão de secretários estaduais de Educação, especialistas e parlamentares

O MEC (Ministério da Educação) decidiu adiar, nesta quarta-feira 20, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), anteriormente marcado para os dias 1º e 8 de novembro. Por conta do novo coronavírus, as novas datas ainda não estão definidas, mas serão entre um e dois meses depois do previsto nos editais. Assim a prova deve ocorrer em dezembro ou janeiro.

O exame é a principal porta de entrada para o ensino superior público.

Em nota, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão do MEC responsável pelo Enem, atribuiu a decisão a “demandas da sociedade” e a “manifestações do Poder Legislativo em função do impacto da pandemia”.

O adiamento das provas ocorre após pressão de secretários estaduais de Educação, especialistas e parlamentares por causa do risco de aumento de desigualdades com a interrupção de aulas provocada pela pandemia.

Nessa terça-feira 19, com 75 votos a favor, o Senado Federal aprovou projeto de lei que prevê que, em caso de estado de calamidade, como o atual, os processos seletivos de acesso à educação superior serão prorrogados automaticamente, até o momento em que estejam concluídas, em todo o território nacional, as atividades do ano letivo no ensino médio.

Apenas Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), votou contra.



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