Cidades mais populosas do Maranhão, São Luís e Imperatriz estão com mais de 90% de ocupação dos leitos de UTI reservados pela SES (Secretaria de Estado da Saúde) a casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus.
Segundo o boletim epidemiológico da pasta, até às 20h dessa segunda-feira 1º, dos 240 leitos de UTI exclusivos para Covid-19 na capital, apenas 6 estavam vagos, o que representa uma taxa de ocupação de 97,50%.
Em Imperatriz, embora a taxa de ocupação seja de 90,74%, a situação é pior, pois a quantidade de leitos reservados para tratamento de pacientes com a doença é bem menor. Na cidade, apenas 5, dos 54 leitos de UTI para Covid-19 estão desocupados.
Apesar da situação delicada, o governo de Flávio Dino (PCdoB) não tem acendido o sinal de alerta. Ao contrário, ignorando o avanço da pandemia, ampliou a liberação para reabertura do comércio e serviço não essencial, e autorizou, ainda que de forma gradual, o retorno das aulas nas escolas da rede pública e privada no estado, a partir do próximo dia 15.
Em meio à anticiência na gestão estadual, que abandou o isolamento social como principal medida contra o avanço do novo coronavírus e passou a adotar a imunização de rebanho, as UTIs para Covid-19 nas demais regiões do estado também começam a beirar o colapso.
De acordo com a própria SES, a lotação no interior do estado é de 84,40%. Isto é, dos 149 leitos de UTI da rede pública estadual de saúde reservadas para pacientes com sintomas da doença, 119 já estão ocupados, permanecendo livres apenas 22.