MP-MA e MPF recomendam que gestão Assis Ramos anule contrato de R$ 4 milhões
Cotidiano

MP-MA e MPF recomendam que gestão Assis Ramos anule contrato de R$ 4 milhões

Segundo os órgãos, Prefeitura de Imperatriz deixou de economizar mais de R$ 1,5 milhão na compra de medicamentos para Covid-19 com a Ômega Hospitalar

O Ministério Público do Maranhão e o Ministério Público Federal expediram recomendação conjunta à gestão Assis Ramos (DEM), na Prefeitura de Imperatriz, para anulação de um contrato de aquisição de medicamentos no combate à Covid-19.

Segundo os órgãos, há indícios de diversas irregularidades encontradas no procedimento de dispensa de licitação que gerou o contrato no valor de R$ 4.343.750,00 com a empresa APS Macedo, conhecida no mercado como Ômega Hospitalar, com filial em Teresina (PI).

A justificativa para a contratação foi que a empresa teria oferecido o menor preço para todos os itens, ou seja, considerando o valor global da proposta e não o menor preço para cada medicamento, como determina a legislação. Se a gestão Assis Ramos tivesse feito a contratação por item, garantem o MP-MA e o MPF, poderia ter gerado uma economia de R$ 1.504.250,00 para os cofres públicos.

Ainda segundo os órgãos, de acordo com a documentação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Maranhão e do Portal Covid-19, foram verificados vícios e erros no procedimento que antecedeu a contratação, inclusive no tocante às cotações de preços.

“Resta devidamente demonstrado que a pesquisa de mercado não foi utilizada para obter a maior vantagem econômica para a contratação, em violação clara ao princípio da economicidade. Portanto, não restam dúvidas acerca da nulidade do certame e do contrato, ante a violação aos princípios da competitividade, isonomia e economicidade, da qual decorreu danos ao erário”, ressaltam na recomendação.



Comente esta reportagem