Promotoria denuncia vice-prefeito de Carolina por morte de criança em acidente com pau-de-arara
Cotidiano

Promotoria denuncia vice-prefeito de Carolina por morte de criança em acidente com pau-de-arara

Também foram denunciados por crime de homicídio o motorista do veículo e o responsável pelo gerenciamento do transporte escolar municipal

A Promotoria de Justiça de Carolina ofereceu denúncia, no início deste mês, contra o vice-prefeito e secretário de Educação do município, José Ésio Oliveira da Silva (de vermelho), por crime de homicídio praticado contra Lourival Pereira da Silva Filho, de oito anos de idade, ocorrido em 22 de maio de 2018.

Naquele dia, um acidente com uma caminhonete pau-de-arara, contratada pela prefeitura como transporte escolar e que conduzia a vítima e outras crianças na zona rural do município, provocou a morte do menino. De acordo com as investigações, a queda da carroceria do veículo, que estava em situação inteiramente irregular, provocou a morte do menor. Ficou constatado que, com a queda, o pneu da caminhonete passou por cima da criança, que morreu antes de chegar ao hospital.

Também foram denunciados Nélio Pereira de Castro e Fábio Marinho da Silva, respectivamente, motorista do veículo e assessor técnico responsável pelo gerenciamento do transporte escolar municipal.

Professor Ésio, como é popularmente conhecido o vice-prefeito, foi reeleito para mais quatro anos de mandato na chapa de Erivelton Teixeira Neves, o Dr. Erivelton (de cinza), que apesar de chefiar o Executivo municipal não foi denunciado. Já Fábio Marinho foi eleito vereador. Todos são do Partido Liberal, o PL.

Para o Ministério Público do Maranhão, os denunciados, por meio de ações e omissões, foram responsáveis pela morte da criança, ou seja, praticaram, assim, o crime de homicídio.

“A criança morreu porque caiu do veículo e, por seu turno, isso só sobreveio em virtude de tal veículo não deter nenhuma condição de segurança em virtude dos denunciados terem agido contrariamente à direção de realizar as adequações necessárias no serviço público em questão”, argumentou o promotor Marco Túlio Lopes, autor da denúncia.

Foi requerido também o afastamento e/ou a ordem de impedimento de assunção futura, cautelarmente, de Professor Ésio e Fábio Marinho, de quaisquer funções públicas exercidas na municipalidade, enquanto durar a instrução processual.



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