Eneva lucra R$ 129,8 milhões no primeiro trimestre de 2019
Economia

Eneva lucra R$ 129,8 milhões no primeiro trimestre de 2019

É o melhor resultado da companhia para um primeiro trimestre, aumento de 270% em relação a igual período de 2018

A Eneva apurou lucro líquido de R$ 129,8 milhões no primeiro trimestre de 2019, aumento de 270% frente a um desempenho de R$ 35,1 milhões em igual período do ano passado. A melhora na última linha do balanço é reflexo de rígida disciplina financeira, com foco na redução de custos e melhora operacional dos ativos.

O EBITDA recorrente ajustado (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 322,2 milhões no primeiro trimestre do ano, aumento de 6,1% em relação aos primeiros três meses de 2018. A margem EBITDA ajustada subiu 8 pontos percentuais, para 52,7% no primeiro trimestre de 2019.

“O resultado da companhia foi positivo, mesmo em um trimestre de menor despacho, reflexo de sólido resultado operacional. A geração a carvão foi um dos principais destaques do trimestre, com EBITDA ajustado de R$ 125 milhões no período, crescimento de 16,8% comparado aos primeiros três meses de 2018. Houve ampliação das margens fixas, mas também da contínua melhoria das margens variáveis”, afirma Pedro Zinner, CEO da Eneva.

A Receita Operacional Líquida somou R$ 611,4 milhões nos primeiros três meses de 2019, queda de 10,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2018, explicada pelo menor nível de despacho das usinas do Complexo Parnaíba, no Maranhão – movimento em linha com a sazonalidade esperada. O Fluxo de Caixa Operacional atingiu R$ 219,2.

Os investimentos da Eneva totalizam R$ 89,7 milhões no primeiro trimestre, aumento de 34,4% na comparação com os primeiros três meses de 2018, principalmente em função do início das obras da usina de Parnaíba V.

“Estou muito orgulhoso do resultado da Eneva no início de 2019, reflexo da nossa busca incessante pela alocação correta de capital, redução de custos e foco em melhoria operacional dos nossos ativos de forma contínua. A cada trimestre o resultado deste trabalho é mais nítido. Nossa companhia tem um futuro promissor, e chega a 2019 pronta para fazer frente aos desafios de crescimento”, explica Zinner.

Destaques operacionais

Seguindo a sazonalidade esperada, as termelétricas no Complexo Parnaíba geraram 234 GWh no primeiro trimestre de 2019, com despacho médio ponderado pela capacidade instalada de 8%, impactando diretamente a produção de gás natural, que foi de 0,05 bilhão de metros cúbicos no período. O volume é significativamente inferior ao patamar do primeiro trimestre do ano passado, quando o despacho médio foi de 28%.

No segmento de carvão, a geração líquida de Itaqui foi de 27 GWh, com um despacho médio de 4%. Já a usina de Pecém II registrou geração líquida de 350 GWh no primeiro trimestre de 2019, com despacho médio de 51%.

Acontecimentos do trimestre

Em 18 de fevereiro a Eneva entregou à Techint notificação para início de implantação da usina Parnaíba V, que consiste no fechamento de ciclo de Parnaíba I. O projeto foi vitorioso no último A-6, de 31 de agosto de 2018, e acrescenta 385 MW de capacidade instalada ao Complexo Parnaíba, no Maranhão. O notice to procced (NTP) foi antecipado em seis meses, permitindo à companhia a utilização de todo o período seco de 2019 para atividades de implantação, acelerando a execução física do projeto.

A companhia também foi bem-sucedida em habilitar a UTE Parnaíba V no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI), garantindo a suspensão da exigência do PIS e Cofins incidentes sobre os bens, serviços e locações incorporados na obra. O fechamento de ciclo de Parnaíba V vai demandar R$ 1,2 bilhão de investimentos, e não consumirá nenhuma molécula adicional de gás, o que o caracteriza como um projeto de eficiência energética.

Em 27 de março, a Eneva lançou oferta pública secundária com esforços restritos de distribuição, de até 60.646.269 ações ordinárias da Companhia, pertencentes ao Itaú Unibanco, da Uniper Holding GmbH, do Banco Pine, da Dommo Energia e do BTG Pactual. O procedimento de Bookbuilding foi concluído em 4 de abril, e estabelecido o preço por ação de R$ 18,25, equivalente a um valor financeiro total de R$ 1.106.794.409,25.

Em 22 de abril de 2019, as agências de classificação de risco de crédito Standard & Poors Global Ratings e Fitch Ratings atribuíram à Companhia ratings nacionais de longo prazo AAA e AA+, respectivamente. Ambas as agências classificaram a perspectiva para os ratings como estável.

Por fim, em 26 de abril, o Conselho de Administração aprovou a realização da 2ª emissão de debêntures pela Companhia. São debêntures simples, não conversíveis em ações, em até três séries no valor de R$ 2.000.000.000,00, com valor nominal unitário de R$ 1.000,00, na data de emissão. O vencimento das debêntures da primeira série ocorrerá em 5 anos; o vencimento das debêntures da segunda série ocorrerá em 8 anos; e o vencimento das debêntures da terceira série ocorrerá em 10 anos, todos contados da data de emissão.

Os recursos obtidos pela Companhia por meio das debêntures da primeira série e das debêntures da segunda série serão utilizados para refinanciamento de dívidas da Companhia. Os recursos obtidos pela Companhia por meio das debêntures da terceira série serão destinados para o pagamento ou reembolso, conforme o caso, de gastos, despesas e/ou dívidas relacionados à implantação de Parnaíba V.



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