Sorveteria ou Coaching, mais de R$ 18 milhões foram afanados da saúde

Governo ignora a contratação de uma empresa de fachada para focar em tentativa de desqualificação da Operação Pegadores

Um dia após ser descoberto pela força-tarefa da Operação Pegadores como palco de corrupção, o governo Flávio Dino (PCdoB) e seu entorno traçaram a estratégia nada republicana de tentar desqualificar as investigações e a credibilidade da Polícia Federal.

Para isso, o Palácio dos Leões usou a própria estrutura para vazar documentos da Junta Comercial do Maranhão (Jucema) que comprovariam que uma das empresas de fachada utilizadas pela quadrilha para assaltar os cofres públicos já não era mais uma sorveteria, mas uma empresa de Coaching.

Mas afinal, qual a importância tem isso?

O fato — que deveria ser a preocupação de um governo que se diz sério e incorruptível — é que uma empresa de fachada virou uma firma especializada na gestão de serviços médicos da noite pro dia, subtraindo apenas com essa movimentação mais de R$ 1,2 milhão da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O fato — que deveria ser a preocupação de um governo que se diz sério e incorruptível — é que se o dinheiro não tivesse sido desviado, mais pessoas poderiam ter sido atendidas pela rede pública estadual de saúde e, talvez, um número menor delas teria morrido à espera desses serviços.

O fato — que deveria ser a preocupação de um governo que se diz sério e incorruptível — é que pessoas nomeadas e empresas contratadas ou mantidas pela atual gestão, e não pelas anteriores, foram os responsáveis pela subtração dos recursos federais destinados para o benefício da população.

O fato — que deveria ser a preocupação de um governo que se diz sério e incorruptível — é que pessoas da mais alta confiança do Palácio dos Leões, como o secretário Carlos Lula, o médico Phil Camarão, e a cunhada do homem mais forte do Poder Executivo estadual, foram todos flagrados tomando ciência do esquema criminoso e também participando deste.

É fato que é um escândalo o uso de uma sorveteria para roubar dinheiro da saúde, mas também é o uso de uma empresa de Coaching para o mesmo fim. Em vez de salto triplo carpado hermenêutico, o que se espera de Flávio Dino e seu entorno é, pelo menos, decência. Pouco importa se foi uma sorveteria ou uma empresa de Coaching, mas que mais de R$ 18 milhões foram desviados.


Comentários

3 respostas para “Sorveteria ou Coaching, mais de R$ 18 milhões foram afanados da saúde”

  1. […] na gestão de serviços médicos que antes era uma sorveteria e o governo se defende afirmando que era uma empresa de Coaching, Osias Filho tem várias fotos em suas redes sociais onde deixa claro sua proximidade com pessoas […]

  2. Avatar de Ebert Schalcher
    Ebert Schalcher

    Como retransmito suas matérias pelo WhatsApp?

    1. Atualmente, somente copiando o link na barra de endereços. Mas estamos finalizando nosso novo layout, onde será permitido o envio de fora direta, por meio de botão próprio do aplicativo.

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