São Luís: Professores aprovam indicativo de greve; 85 mil alunos ficarão sem aulas
Maranhão

São Luís: Professores aprovam indicativo de greve; 85 mil alunos ficarão sem aulas

Decisão foi tomada pela maioria dos presentes em assembleia da categoria. Paralisação será iniciada no dia 25

Professores da rede pública municipal de ensino aprovaram, em assembleia realizada nessa quinta-feira 19, o indicativo de greve da categoria, por tempo indeterminado. Caso não haja posicionamento do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, a suspensão das atividades deverá se iniciar a partir da próxima quarta-feira 25, em obediência ao prazo legal de 72 horas para a divulgação da greve.

Com a medida, de acordo com informações do Sindicato dos Professores do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação), 85 mil alunos de São Luís ficarão prejudicados.

A gre­ve é motivada em razão de um calote aplicado por Edivaldo nos docentes, que se recusa a cumprir com o reajuste previsto em lei. Enquanto os docentes reivindicam o repasse, de forma integral, do aumento de 11,36%, garantido de acordo com os trabalhadores por meio da Lei nº 5.877, o prefeito de São Luís teria oferecido  um reajuste de apenas 10,67%, que seriam pagos de forma escalonada ou parcelada em três vezes.

Esta paralisação por tempo indeterminado será a segunda organizada pelos professores na capital maranhense em pouco mais de três meses. Em março deste ano, os docentes promoveram uma suspensão das atividades, reivindicando por melhorias na infraestrutura das escolas e melhores condições de segurança, já que alguns prédios, também por falta de pagamento, estavam sem vigilantes durante o dia.



Comentários 9

  1. Leonardo

    Faltou dizer que o principal motivo pra essa greve é a briga pelo comando do Sindicato dos Professores de São Luís entre a atual presidente Elisabeth Castelo Branco e seu principal adversário, Antonísio Furtado, ligado ao PSTU, e que essa briguinha particular deles vai deixar mais de 85 mil alunos sem aulas.

      1. Leonardo

        Não estou defendendo nem A e nem B, Yuri, apenas não acho correto, professores deixarem um Sindicato servir de estopim eleitoreiro as vésperas de eleições, como em 2014, assim como eu, tu também sabe que por trás disso tudo, a politica reina solta.

        1. Yuri Almeida

          Não disse que você está por trás. Disse apenas que o motivo alegado oficialmente é justificável. Lei é lei. Deve ser cumprida. Ainda mais se tratando do bolso do funcionalismo público.

  2. Pedro

    Quem me dera ter aumento de 9,5% em 2013, 5,9% em 2014 e 13,67% em 2015, totalizando 28,43% no acumulado, isso é privilégio de poucas categorias, superando tanto o reajuste do salário mínimo quanto à inflação registrada no período, e ainda estão reclamando. :/

  3. sidney

    As greves de professores da rede pública todo ano estão se tornando antipáticas.
    Aí vão mais dias sem trabalhar mas que vão receber.
    E quem sofre é a comunidade estudantil.
    Ainda por cima aliciam os estudantes para aderir a greve.
    Estudante que não adere à greve pode sofrer represália.
    É a classe mais insatisfeita do país e prestam a pior educação do país.
    Não estão satisfeitos, vão pra rede particular. Lá quem não trabalha não recebe.
    Não ganham mal. Quem ganha mal é quem ganha salário mínimo. E nenhum professor da rede pública ganha salário mínimo. Com as pós graduações, especializações, mestrado e doutorado podem atingir salários astronômicos entre 12 e 28 mil reais.
    O Estado não suporta essa folha de pagamento absurda. É o grande motivo de crises financeiras em alguns Estados do país.

  4. Aline

    Meu Deus, que absurdo! Eu sei a importância dos professores para a sociedade como um todo, pois também sou uma, porém, com a greve de 2014, ainda sentimos os reflexos no calendário de 2016, pois ela durou mais de 100 dias. Se pararmos novamente, vamos prejudicar mais de 85 mil alunos, por conta de uma briga política entre sindicalistas, nós professores temos que ter ciência que sindicalista nenhum vai ter que repor aula aos sábados ao fim da greve, pois eles são respaldados por lei, e nem aula dão.

  5. Júlio César

    Pra quem sabe discernir os fatos e acontecimentos de prontidão consegue identificar alguns interesses políticos por trás desse impasse. Não é tomar posição de alguém ou coisa do tipo, mas se torna revoltante detectar que o sindicato possa estar sendo objeto dessa jogatina toda. Engraçado que ao invés desses grupos envolvidos se esforçarem para melhorar as questões internas, jogam a bomba para um departamento exterior que está buscando entrar em um comum acordo (e justo) para ambos... a proposta é plausível, mesmo estando em um ano de greve financeira onde o repasse de verba para os municípios se torna muito inferior.

  6. Luís

    Não vi nenhum comentário mencionando que os profissionais de nível superior, no caso em questão, constituem a categoria mais mal remunerada do serviço público. E olha q alguns deles tem mestrado e outros doutorado. Além do mais a lei do piso foi criada para equiparar o salário dos professores com os dos outros profissionais de nível superior. E por q que isso não acontece? Por q no Brasil o poder público não cumpre a lei. Simples assim. Se existe a lei é para ser cumprida.

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