Deputado que criticou reportagem da Record já foi indiciado pela PF por corrupção
Política

Deputado que criticou reportagem da Record já foi indiciado pela PF por corrupção

Josimar de Maranhãozinho e Detinha foram indiciados, em 2012, crimes de corrupção passiva, prevaricação, concussão, peculato e formação de quadrilha ou bando

O deputado estadual Josimar de Maranhãozinho, do PR, que criticou a reportagem exibida pela TV Record no domingo passado, por mostrar o município administrado por sua mulher e correligionária, Maria Deusdete Lima, a Detinha, como um dos mais miseráveis do pais, já foi indiciado pela Polícia Federal, juntamente com a própria esposa, pelos crimes de corrupção passiva, prevaricação, concussão, peculato e formação de quadrilha ou bando.

Deflagrada em meados de 2011 pela PF a partir de investigações da Operação Arco de Fogo, em que várias pessoas foram presas, a Operação Cupim apontou Josimar e Detinha como cabeças de um esquema criminoso que atuava em áreas indígenas no Maranhão, em que era cobrada uma taxa para entrada de caminhões para extração de grande quantidade de madeira de forma ilegal.

O nome da operação policial, COPII, que significa cupim em tupi-guarani, uma praga que é considerada perigosa e que ataca a madeira e outros produtos agrícolas, foi em alusão ao ataque violento causado pelo casal ao meio ambiente e aos cofres públicos.

Na última etapa da operação, já em 2012, a PF fez buscas nas prefeituras de Maranhãozinho e Centro do Guilherme, na residência e escritório do parlamentar em São Luís, e na residência de outras pessoas envolvidas no esquema.

- O que nos causou espanto foi o poder financeiro da quadrilha, com grande quantidade de bens adquiridos recentemente por um dos envolvidos no esquema, que é avaliado em aproximadamente R$ 30 milhões. - declarou o delegado Alexandre Lucena durante a operação, em referência à Josimar Cunha.

Segundo a Polícia Federal, o esquema funcionava com as prefeituras de Centro do Guilherme, comandada desde então por Detinha, e Maranhãozinho, na época comanda por Josimar, cobrando uma taxa de R$ 150, que dava direito a um tíquete para que cada caminhão, previamente cadastrado no município, entrasse na reserva indígena e de lá extraísse a madeira ilegalmente.

Cerca de 20 caminhões, por dia, saíam carregados do local, sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal; e sem que o dinheiro fosse repassado aos cofres públicos.

Além de Josimar de Maranhãozinho e de sua mulher Detinha, participavam do crime quatro policiais militares e vários funcionários públicos que, armados ilegalmente, faziam barreiras e cancelas.



Comentários 4

  1. JOSE JAQUES DE SOUZA

    É muito bom para o desenvolvimento de nossa querida Zé Doca,um canal de TV,mais q seja menos polêmica,cuidando de assuntos q de certa forma envolva um tv,pois está parecendo um comitê eleitoreiro, tem q ter mais qualidade e avançar em assuntos q interesse a comunidade,mais já foi um grande passo pra Zé Doca,é só ser menos repetitiva e ser mais criativa, de quer forma parabéns pela a iniciativa.

  2. Weliton Muniz de Melo

    Os fatos relatados pela policia federal,faz uma avaliação do que vem ser as administrações dos políticos citados em relação ao Centro do Guilherme, quando os mesmos foram contra as reportagens da rede Record,não aceitando o que foi citado na reportagem. O que é mais importante, não é criticar, é mostrar que o que foi dito,nada tem a ver com a cidade do Centro de Guilherme, mais para isso, tem que ser mostrado e que a comunidade esteja ciente da realidade.Para a prefeita e para o deputado boa sorte.

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