Além da falta de comando nas secretarias de Estado de Segurança Pública (SSP) e de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), o resgate cinematográfico de quatro presos do Centro de Detenção Provisória (CPD) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, ocorrido na madrugada do último domingo (5), expôs também a falta de fiscalização em pelo menos três postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Maranhão.
Por conivência ou incompetência, a PRF-MA permitiu que os oito bandidos que trafegavam em comboio e armados de pistolas e de fuzis AK 47 e 556 – os mesmos utilizados por terrorista da Al-Qaeda e soldados americanos -, passassem livremente pelos postos de Vargem Grande, que fica entre Chapadinha e o município; do São Francisco, que fica depois do entrocamento; e o de Pedrinhas, que fica a menos de 1 km do complexo penitenciário.
Em nenhum dos três postos, equipados inclusive com câmeras de segurança que, pela posição, alcançam até 3 km de distância, e com desvios que obrigam o motorista a passar a poucos metros da cabine, os bandidos foram abordados pela PRF no total de 246,2 km percorridos de Chapadinha – quando tomaram de assalto uma das pickups utilizadas no resgate – até São Luís.
No caso específico do posto de Pedrinhas, a inércia dos seis policiais rodoviários federais que estavam de plantão torna a falta de ação da PRF-MA ainda pior.
Mesmo tendo ouvido a troca de tiros entre os bandidos e homens do Batalhão de Choque da PM-MA, e observado a fuga em direção ao posto, além do poder de fogo para fechar o cerco, os agentes da PRF tinham poder de parar os três veículos utilizados no resgate dos presos por meio de cones de concreto ou mesmo os famosos jacarés, utilizados para estourar os pneus dos carros. Mas estranhamente nada foi feito.
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