Sobrevivente de chacina em Panaquatira revela que bandidos já chegaram atirando
Política

Sobrevivente de chacina em Panaquatira revela que bandidos já chegaram atirando

Mais cedo, secretário de Segurança Pública do Maranhão apresentou outra versão ao caso, e culpou o policial Max Muller pelo tiroteio

Caiu vergonhosamente por terra - e passou a ser considerada mentirosa - a declaração acusatória do secretário de Segurança Pública do Maranhão, delegado Jefferson Portela, para justificar os motivos que levaram os criminosos, intitulados de "Piratas de Panaquatira", a provocar uma chacina, no último sábado (23), durante um assalto a uma casa de praia na orla de São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luís.

Depoimento de um dos sobreviventes da chacina em Panaquatira revela que os bandidos já chegaram atirando na casa de...

Posted by Atual7 on Quarta, 27 de maio de 2015

Diferente da versão apresentada mais cedo por Portela, depoimento de um dos sobreviventes do assalto, que pode ser acessado na íntegra no vídeo ao lado, revelou que os seis bandidos que participaram da ação - que durou pelo menos 15 minutos -, já chegaram atirando ao anunciar o assalto na casa de veraneio.

"Os caras  chegaram do nada, acho que eram sete. Vieram três por um lado e resto pelo outro e os caras chegaram atirando. Eu fui o primeiro a ser atingido por um tiro na cabeça, me fingi de morto para não acabar sendo uma tragédia maior", revela.

Mesmo ferido e caído ao chão, o rapaz testemunhou todo o desenrolar da tragédia que chocou a população maranhense pela violência aplicada pelo bando, que só não foi pior, segundo a testemunha, por o policial militar Max Muller ter atirado e alvejado pelo menos três bandidos antes de ser morto.

"O policial  que estava presente, particularmente foi o herói. Ele atirou e acertou três bandidos que vinham por um lado, mas os outros que vinham por outra parte acertaram ele.  Ai ouvi o bandido dizendo que era para matar todo mundo. Foram uns 40 tiros mais ou menos. Só pararam de atirar quando acabou a munição disso não tenho dúvida", contou.

Ainda com a bala alojada na cabeça, o jovem não consegue esquecer o momento em que os amigos foram alvejados de forma covarde pelos criminosos. Com muita riqueza de detalhes, ele revelou o posicionamento de cada uma das vítimas no momento do ataque.

O sobrevivente disse ainda ter vivido "momentos horríveis", e admitiu ter achado que iria morrer ali. Para ele, a fé em Deus foi essencial para sair com vida daquele cenário de carnificina.

"Foram momentos horríveis porque eu tava deitado quieto, orando para Deus para ninguém vir atirar de novo em mim. E olhando essa situação e ouvindo barulho de tiros para todos os lados. Achei que ia morrer cara, que nunca mais ia ver minha família".



Comentários 1

  1. Pingback: Atual7

Comente esta reportagem