A empresa maranhense Heringer Táxi Aéreo, sediada em Imperatriz, venceu a licitação milionária para o aluguel de duas aeronaves, pelo período de um ano a partir da contratação, para o governo Flávio Dino. Como o processo foi feito por registro de preços, o valor acabou ficando mesmo no contido no edital: 13.9 milhões de reais.
De propriedade dos sócios Aloísio Pedro Heringer e Eurídice Carneiro Heringer, a empresa é a mesma que prestou serviços de transporte e deslocamento aeroviário ao comunista na campanha eleitoral de 2010, quando Dino escondeu o uso de um helicóptero pertencente ao empresário – e conhecido nos bastidores como agiota – Dedé Macedo.
Esta não é a primeira vez que a Heringer leva uma licitação de quem já prestou serviços de campanha eleitoral.
Em 2012, a empresa de Aloísio e Eurídice Heringer saiu vencedora em uma licitação do governo do Tocantins, então comando pelo tucano Siqueira Campos, avaliada inicialmente em 22 milhões de reais, pelo fretamento de cinco aeronaves pelo período de um ano, mas que acabou ficando apenas em 6.4 milhões de reais na assinatura do contrato, após suspeitas de direcionamento levantadas pela Assembleia Legislativa daquele estado.
Voa ou não voa
Os gastos de Flávio Dino com o aluguel de duas aeronaves foi uma das maiores crises enfrentadas pelo comunista nos primeiros seis meses de governo. Após ser durante criticado pela população nas redes sociais por executar as mesmas práticas da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), Dino chegou a suspender, remarcar e, depois, remarcar novamente a realização do pregão levado pela Heringer Táxi Aéreo.
A vergonha do comunista se deu após o Atual7 relembrar que os gastos com o aluguel das duas aeronaves daria para manter 11 hospitais de 100 leitores pelo período de um ano, e que, fora do comando do Palácio dos Leões, Flávio Dino dizia que “com os vários helicópteros e aviões alugados pelo governo do Maranhão, daria para propiciar um transporte eficiente e digno para pacientes graves que atualmente sofrem em ambulâncias na estradas maranhenses. E melhorar a segurança pública em todas as regiões do Estado”.
Então oposição e proposta de mudança, o governador do Maranhão acusava a oligarquia Sarney de preferir “o uso eleitoreiro, imoral e ilegal” da verba.
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