Atraso na construção de 25 creches por Edivaldo Júnior começa a ser investigado
Política

Atraso na construção de 25 creches por Edivaldo Júnior começa a ser investigado

Pedra fundamental foi lançada desde fevereiro do ano passado. Situação de escolas da educação infantil também é alvo de investigação pelo MP

O Ministério Público do Maranhão, por meio das Promotorias de Educação de São Luís, instaurou, no dia último 10, o Inquérito Civil n.º 07/2015 para apurar o andamento da construção das 25 creches do programa Brasil Carinhoso, que seriam construídas pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) em parceria com o governo federal.

Wellington do Curso mostra parte de um vídeo de campanha onde Edivaldo já prometia as creches por ser "conselheiro de Dilma"
Divulgação Cadê as creches? Wellington do Curso mostra parte de um vídeo de campanha onde Edivaldo já prometia as creches por ser "conselheiro de Dilma"

A iniciativa foi tomada após o deputado estadual Wellington do Curso (PPS) levar à tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, durante cobrança por transparência no contrato de 33,2 milhões de reais com o Instituto Superior de Educação Continuada (Isec), a informação que o local onde foi lançada a pedra fundamental da primeira unidade, no bairro da Cidade Operária, se transformou em um lixão.

“O prefeito em 2014 anunciou a construção de 25 creches, lançou a pedra fundamental lá na Cidade Operária. Está lá até hoje uma lápide, uma pedra no meio do terreno, uma lápide tipo um jazigo: “aqui jaz uma creche”. Senhoras e Senhores, o prefeito também anunciou na Cidade Operária a construção de uma maternidade, R$ 25 milhões do governo federal. A creche ou as creches e a maternidade é um outro assunto para próxima semana. Mas o que me chama atenção é que o prefeito Edivaldo Holanda não gosta das crianças da Cidade Operária, não gosta das crianças da Cidade Operária”, denunciou o parlamentar.

Ao fundo do que era a pedra fundamental da primeira das 25 creches, urubus procuram por comida no lixão
Deputado Wellington do Curso Educação jogada no lixo Ao fundo do que era a pedra fundamental da primeira das 25 creches, urubus procuram por comida no lixão

No próprio procedimento da abertura do inquérito, os promotores de Justiça Luciane Belo e Paulo Avelar esclarecem que o prefeito Edivaldo Júnior divulgou, desde o início de 2014, a construção das 25 creches com recursos oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Ainda de acordo com os documentos, os membros do Ministério Público destacam que, no dia 8 de fevereiro do ano passado, acompanhado de comitiva, da esposa Camila Holanda e até da própria filha, o pedetista chegou a realizar o lançamento da pedra fundamental da primeira das 25 creches, conforme denúncia feita por Wellington do Curso, para marcar o início da construção da creche do bairro da Cidade Operária, em terreno localizado na unidade 105 SE. Na solenidade, o prefeito de São Luís garantiu que a previsão para conclusão das obras deveria ser em oito meses.

Um ano e sete meses depois, porém, quem passa pelo local, encontra apenas o terreno abandonado, que foi transformado em lixão. Até a pedra fundamental lançada, devido ao descaso, foram ação do tempo e mais parece com uma lápide.

Semelhante fez no escamoteio do dinheiro público destinado para a construção da ponte sobre o Rio Gangan, a Pai Inácio, a placa que sinalizava o valor e prazos para o serviço da creche na Cidade Operária foi retirada, o que aponta para novo desvio de verba, já que a Prefeitura de São Luís já recebeu parte do dinheiro conveniado com o governo federal para a construção das obras.

Placa que apontava valor e prazo para a obra foi substituída pela própria prefeitura por uma que prova que o local virou lixão
Deputado Wellington do Curso Descaso e crime Placa que apontava valor e prazo para a obra foi substituída pela própria prefeitura por uma que prova que o local virou lixão

Mais investigações

No mesmo Inquérito Civil, as Promotorias de Educação irão investigar as condições estruturais das escolas municipais que oferecem a educação infantil em São Luís.

A portaria que instaurou o procedimento investigatório revela que denúncias formuladas ao Ministério Público noticiam a precariedade da estrutura física das escolas de educação infantil, como a Monsenhor Frederico Chaves, Alberto Pinheiro, Gomes de Sousa, Manuela Varela, José Gonçalves do Amaral Raposo, Mary Serrão Weverton, Primavera, Pedro Bertol e Carlos Madeira.

Também motivou a medida das Promotorias de Educação o relatório de atuação da Promotoria Comunitária Itinerante, instalada no bairro do Santo Antônio de outubro de 2014 a janeiro de 2015, que registrou as reclamações dos moradores sobre a carência de creche e de escola de educação infantil nas comunidades da região.

Durante o Inquérito Civil serão coletados depoimentos, perícias e outras diligências para apurar as irregularidades indicadas, que poderão basear o ajuizamento de Ação Civil Pública.

De imediato, os promotores de justiça requisitaram ao secretário municipal de Educação, Geraldo Castro, e ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior informações sobre a execução e planejamento da construção das 25 creches do programa Brasil Carinhoso; o quantitativo de creches da rede oficial de ensino, com a denominação de cada uma; e o quantitativo de creches da rede privada, conveniadas com o Município.



Comentários 5

  1. Leonardo Santos

    tenho certeza que é só uma questão de tempo para essas creches saírem pois, agora sim o prefeito está trabalhando ainda mais com o apoio que está tendo!

  2. edson

    Povo burro, qd os sarneys erravam ai era atraso, esse vagabundo de prefeito de [...] erra aí pode, dois pesos e duas medidas.

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