“Esse é o Flávio Dino que votou no Aécio e a ele jurou amor eterno”, lembra Murad
Política

“Esse é o Flávio Dino que votou no Aécio e a ele jurou amor eterno”, lembra Murad

Comentário foi feito em rede social. Ex-secretário de Saúde disse ainda que não votou 'nessa Dilma de hoje'

O ex-secretário de Saúde do Maranhão, Ricardo Murad, utilizou seu perfil pessoal no Facebook para fazer uma análise da abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), na Câmara Federal, por crime de responsabilidade praticado nas chamadas "pedaladas fiscais", e a postura adotada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) diante do fato.

Classificando o comunista como "aproveitador", Murad lembra que Dino, "minutos após saber do resultado das eleições", embora tenha feito campanha aberta para o senador Aécio Neves (PSDB), a quem hoje chama de "golpista", "com a cara mais cínica", vestiu a camisa do PT e declarou apoio a Dilma e ao PT. O ex-secretário diz ainda que o governador do Maranhão está agindo como um "aproveitador", que "sonha em ser presidente da República" e que "decidiu ser o paladino da 'democracia contra o golpe' mesmo que isso signifique massacrar o povo do Maranhão e do Brasil".

"Esse é o Flávio Dino que votou no Aécio e a ele jurou amor eterno, e agora está aliançado com Dilma num projeto para afundar o Brasil. Eu não votei nessa Dilma de hoje. Votei em outra que desapareceu logo após a campanha para se transformar numa pessoa completamente diferente daquela que tantas esperanças plantou. Sou como a esmagadora maioria dos brasileiros, mais de 70%, que hoje estão decepcionados, frustrados e querendo novos caminhos", diz Ricardo Murad em um dos trechos do comentário.

Abaixo, a íntegra do postagem feita pelo ex-secretário de Saúde do Maranhão:

Crise econômica, crise política, impeachment e o oportunismo de Flávio Dino

Para infelicidade do povo maranhense, o governador Flávio Dino dá provas a cada dia que sua única meta é o poder. Independente do custo e fazendo o que for necessário para alcançá-lo. Não existem barreiras éticas ou morais suficientes que contenham os anseios totalitários do governador. E quem diz isso não sou eu, são os fatos.

Como não teve apoio do PT nas eleições do ano passado, Flávio Dino apoiou o senador Aécio Neves para presidente como forma de obter o apoio do PSDB. Jurou por várias vezes trazer para seu governo a experiência exitosa dos tucanos em Minas Gerais. Por não confiar em Flávio, Dilma e Lula preferiram apoiar Roseana. Minutos após saber do resultado das eleições que o elegeram governador, Flávio Dino sequer esperou o “defunto esfriar” e imediatamente, com a cara mais cínica, vestiu a camisa do PT e disse que iria apoiar Dilma e o PT. Tudo isso como se nada tivesse acontecido. Mesmo assim, a desconfiança de Lula e Dilma impediram que o cinismo triunfasse. E por longos e longos meses Flávio Dino pegou um “chá de cadeira”.

Com a crise, Flávio vestiu a armadura de defensor de Dilma e começou a gritar: “Olhem para mim, eu estou aqui”. Como em momentos de crise não se nega apoio, mesmo que venha de uma pessoa não confiável, Flávio conseguiu o seu “lugar ao sol”. E Aécio, aquele bom administrador que ajudaria a inspirar o governo de Flávio e lhe deu apoio nas eleições de 2014, virou golpista.

Flávio Dino não tem o dom da política, basta ver a insatisfação de suas bases com menos de um ano de governo. Flávio Dino não tem carisma, basta constatar sua fama de prepotente e arrogante. Flávio Dino não tem popularidade, basta que lembremos as vaias recentes em Lago da Pedra. E Flávio Dino também não tem seguidores! Basta verificar que seu governo é baseado na dominação e na subjugação das pessoas pelo aparelhamento estatal comandado por ele. Quem não o conhece e o vê empunhando a Constituição do Brasil, em defesa da presidente Dilma, afirmando que é golpe o impeachment, pode até se enganar por algum tempo. Mas, um olhar aprofundado na história do próprio Flávio Dino destrói qualquer imagem de “bom moço”. Quem é Flávio Dino para falar de golpe? Logo ele que processou e tentou tomar todos os mandatos de pessoas que o derrotaram nas eleições de prefeito e governador que participou? Sempre que era derrotado, recorria aos tribunais.

Na verdade estamos diante de um aproveitador, o homem sem alma e sem moral, um cínico que apenas busca para si todos os instrumentos de poder para viabilizar o seu projeto de hegemonia política. E chega a ser patético o seu devaneio. Sim, meus amigos e amigas, Flávio Dino sonha em ser presidente da República. Pouco importa se o país está em farrapos, se a economia entra em colapso, se a presidente traiu o seu povo, se enganou seus eleitores com promessas matematicamente feitas pelos marqueteiros apenas para ganhar a eleição e logo em seguida abandonadas. Para Flávio Dino a única coisa que importa é o poder. Para ele não interessa a opinião dos maranhenses em relação à presidente Dilma. Não quer sequer ter o trabalho de saber o que pensa a sua gente. Decidiu ser o paladino da “democracia contra o golpe” mesmo que isso signifique massacrar o povo do Maranhão e do Brasil!

Esse é o Flávio Dino que votou no Aécio e a ele jurou amor eterno, e agora está aliançado com Dilma num projeto para afundar o Brasil. Eu não votei nessa Dilma de hoje. Votei em outra que desapareceu logo após a campanha para se transformar numa pessoa completamente diferente daquela que tantas esperanças plantou. Sou como a esmagadora maioria dos brasileiros, mais de 70%, que hoje estão decepcionados, frustrados e querendo novos caminhos.

Por isso, diferentemente de Flávio Dino, eu opto por permanecer ao lado do povo, lutando com ele e longe daqueles que quando assumem o governo viram as costas para quem os elegeu como é o caso de Dilma e Flávio.



Comentários 1

  1. Liana Rios

    De tudo so posso afirmar uma coisa: A Dinastia no Maranhao acabou, agora é a vez do povo do Maranhão com Flavio Dino. Tenho certeza de que o Maranhão está mudando para melhor.

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