Geraldo Castro deixa a Educação sob suspeita de ter desviado R$ 17,2 milhões
Política

Geraldo Castro deixa a Educação sob suspeita de ter desviado R$ 17,2 milhões

Valor é referente a verba destinada para a construção de pelo menos 14 das 25 creches prometidas pelo prefeito Edivaldo Júnior em 2012

O titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Geraldo Castro Sobrinho, deixa a pasta, nesta quarta-feira 17, sob suspeita de ter afanado o total de R$ 17.290.000,00 da verba pública para a construção de pelo menos 14 das 25 creches escola prometidas pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) durante a campanha eleitoral de 2012, e reprometidas em janeiro de 2013, mas até hoje não construídas.

Prefeito Edivaldo garantiu que recurso para construção de 13 das 25 creches já estava assegurado, mas até hoje nenhuma unidade foi construída
Divulgação/Prefeitura de São Luís Não foi por falta de dinheiro Prefeito Edivaldo garantiu que recurso para construção de 13 das 25 creches já estava assegurado, mas até hoje nenhuma unidade foi construída

Filiado ao PCdoB, partido do governador Flávio Dino, Castro deixa a Semed para disputar uma das 31 cadeiras de vereador na Câmara Municipal de São Luís nas eleições de 2016. Além dele, também deixam a administração municipal os secretários Batista Matos, de Comunicação; e Raimundo Penha (PDT), do Instituto de Previdência, ambos também para disputar o cargo de vereador na capital.

No comando da Educação municipal desde o início de novembro de 2013, em substituição a saída sob denúncia de corrupção do também comunista Allan Kardec, Geraldo Castro prometeu, três meses depois, ao lado do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), entregar as 25 creches escola do Programa Brasil Carinhoso em até oito meses, sendo que 13 destas, ao custo custo estimado de R$ 1.330.000,00, segundo declarou o prefeito de São Luís à época, já estavam contratadas e com a verba assegurada.

Completados na quarta-feira passada dois anos de lançamento da pedra fundamental da que seria a primeira creche escola, porém, no local onde deveria ter sido construída a unidade, localizado na Unidade 105 da Cidade Operária, há apenas um terreno abandonado que virou um lixão a céu aberto, conforme denúncia feita pelo deputado estadual Wellington do Curso.

Verba federal

Ao fundo do que era a pedra fundamental da primeira das 25 creches, urubus procuram por comida no lixão
Wellington do Curso Educação jogada no lixo Ao fundo do que era a pedra fundamental da primeira das 25 creches, urubus procuram por comida no lixão

O recurso para a construção da creche teve proveniência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) por meio do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), que integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do Ministério da Educação (MEC). Cabe, portanto, ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal abrirem investigação.

Toda a informação está publicada no site da própria Prefeitura de São Luís, como pode ser conferido ao lado.

Questionado insistentemente pelo Atual7 há algumas semanas sobre o paradeiro da verba pública, bem como sobre a falta de reforma em unidades de responsabilidade da Semed, a exemplo da Creche Escola Maria de Jesus Carvalho, localizada na Camboa, única integral da rede pública de ensino da capital, o secretário desviou do assunto e nunca respondeu aos questionamentos.

Calote

Além da suspeita de desvio da verba, e do abandono à creche escola integral já existente, Geraldo Castro acumula ainda histórico de mal pagador, ocasionando o fechamento de escolas municipais e instituições comunitárias durante o período em que esteve a frente da Educação municipal, por chegar a deixar em até 10 meses o atraso no repasse da verba para manutenção e pagamento dos professores de mais de 80 unidades. Ele acumula ainda alta somas em dívidas no pagamento do transporte escolar, embora tenha também recebido verba federal para manutenção desse tipo de serviço.



Comentários 12

  1. Maria

    Até o pagamento dos professores do projovem está há vários meses em atraso, vigilantes, terceirizados da empresa que limpa a escola, a merenda que mesmo de péssima qualidade a empresa está sem receber, a carpitaria da semed há muito os profissionais estão sem trabalho porque não tem material pra trabalhar isso são só alguns dos problemas. FORA GERALDO E EDIVALDO.

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  3. Manu

    Atual boa tarde, Existem materias jornalista como desse nível de assunto principalmente na educação do Maranhão. Então, porque não biscam outras parceiras de comunicação nacional para que seja de conhecimento para todp o Brasil. Pois, precisamos socializar as mazelas que a educação passa. Tem estado que faz essa divulgação e pede investigação. Cadê o dinheiro daqui ? Acho que os educadores poderiam pedir ao ministério público federal. Até porque os indicadores mostram a gestão educacional pública como um dos fatores desse eterno e fatídico resultado. Educadores o que falta? Os sindicatos. ? E os maranhenses o que setem?

  4. Cledes Fernanda

    O pior de tudo isso é que uma pessoa dessa sob suspeita de desvio de recursos ainda pode se candidatar a cargo público podendo até mesmo ser eleito. Desculpa, mas não ter realizado as obras previstas na área da educação tem no mínimo a conivência de todos da gestão, principalmente do prefeito.

  5. Isso é subestimar a inteligência do povo, como é que o prefeito não estava sabendo que essa administração do secretário não Não era do conhecimento dele. Essa história está mal contada.E por isso que esse secretário de educação quando se dep

    Não dá para acreditar que o prefeito nao tenha conhecimento do que está acontecendo na sua gestão. Isso é subestimar a inteligência do povo.

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