A abstenção propositada ou dissimulada do Ministério Público do Maranhão de denunciar à Justiça atos delituosos do governador Flávio Dino (PCdoB) passou a ser acompanhada de perto pela imprensa nacional.
Poucos dias depois de repercutir um contrato de R$ 6 milhões abocanhado pela esposa do jornalista Ricardo Noblat, de O Globo, para divulgar a imagem do comunista fora do estado e do país, dispensando os trabalhos da já cara Secretaria de Articulação Política e de Comunicação do Palácio dos Leões, o jornalista Leandro Mazzini, que assina o Blog da Esplanada – no portal de notícias UOL – e é reproduzido em grandes jornais de 19 capitais do Brasil, acusou o MP-MA de fechar os olhos para o contrato superfaturado.
De acordo com Mazzini, enquanto Dino paga R$ 6 milhões para que o Grupo Informe, de Brasília, para que faça sua assessoria de imprensa e gestão de imagem pelo período de um ano, a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) pagou apenas R$ 1,32 milhão pelo mesmo serviço e período para a CDN Comunicação – agência maior e mais conhecida nacionalmente que a da mulher de Noblat.
“Em lua de mel com o governador Flávio Dino (PCdoB), o Ministério Público do Maranhão fecha os olhos para o contrato de assessoria de imprensa e gestão de imagem de R$ 6 milhões, para um ano de serviços, contratado do Grupo Informe, de Brasília, via licitação. Daí? Daí que a então governadora Roseana Sarney pagou R$ 1,32 milhão pelo mesmo serviço e período para a CDN Comunicação”, escreveu o jornalista.
Conivência continuada
Desde que Flávio Dino assumiu o comando do Palácio dos Leões, o gasto supérfluo de dinheiro público para plantar matérias positivas nos grandes veículos não tem sido a única ação a estar conluiada com o Ministério Público estadual.
Os exemplos são vários.
Apesar do claro flagrante de improbidade administrativa e outras incorreções do chefe do Executivo, o órgão mantem-se em silêncio tumular sobre o uso político e partidário do Palácio dos Leões; sobre o pagamento confesso de propina por uma então auxiliar do comunista ao esposo de uma fornecedora do Estado; sobre o atropelamento de leis estaduais antiescravistas; sobre o vandalismo e desacato de um secretário de Estado; sobre a não aceitação de uma Recomendação pelo cancelamento do concurso público para professores – alvo inclusive de ação do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) do Piauí, por fraudes.
Todos denunciados, inclusive apontando onde a lei deixou de ser cumprida, pelo Atual7.
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