Impeachment: Flávio Dino ofereceu até secretaria para Sarney Filho
Política

Impeachment: Flávio Dino ofereceu até secretaria para Sarney Filho

Governador do Maranhão tentou ainda fechar com Waldir Maranhão e Zé Reinaldo em troca da garantia das duas vagas ao Senado

Apesar de ter ido diretamente a Brasília para tentar convencer deputados a não votar no impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o governador Flávio Dino (PCdoB) se mostrou pouco eficiente na defesa do mandato da petista. Pelo menos em comparação com sua grande adversária política, a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), e com o coordenador do impeachment na bancada maranhense, deputado André Fufuca (PP-MA).

Dos 18 parlamentares da bancada, apenas sete devem votar contra o impeachment: Rubens Júnior (PCdoB), Weverton Rocha (PDT), Zé Carlos (PT), Pedro Fernandes (PTB), Júnior Marreca (PEN), João Marcelo (PMDB) e Aluísio Mendes (PTN). Mas destes, nenhum deles foi convencido diretamente pelo governador do Maranhão, que viajou para Brasília na semana passada e voltou à cruzada desde a última quarta-feira 13.

Rubens Júnior é da bancada do PCdoB e, apesar de sua paixão por Flávio Dino, sua decisão toma como base uma orientação da própria legenda. Weverton Rocha foi alçado como líder do PDT e a negociação dele é diretamente com a executiva nacional da sigla; Zé Carlos segue orientação do PT; Júnior Marreca e João Marcelo estão fechados diretamente com o governo Dilma; Pedro Fernandes nunca teve qualquer tipo de relação com o governador; e Aluísio Mendes retornou ao voto anterior, de ser contra o impeachment, após ter sido isolado no partido.

Durante essa semana, Dino tentou convencer deputados do PRB, PMDB, PP, PEN e até do PV a votar a favor do governo. Porém, sob a articulação de Roseana e Fufuca, todos evitaram, sequer, conversas com o governador.

O deputado federal Sarney Filho, por exemplo, foi procurado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB) para votar contra o impeachment em troca de uma secretaria no alto escalão do governo Flávio Dino. O vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão, mesmo o governador do Maranhão lhe garantindo uma das vagas ao Senado, decidiu seguir orientação do PP e do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de quem é aliado. Zé Reinaldo também não trocou o voto consciente em troca da outra vaga ao Senado oferecida por Flávio Dino.

A grande dúvida, até ontem, eram os outros dois deputados do PMDB maranhense: Alberto Filho e Hildo Rocha. Houve uma tentativa de aproximação de Dino, segundo fontes próximas aos deputados, mas nada que avançasse muito. Ambos decidiram seguir a orientação de Roseana, que está em Brasília em conversas intensas com seus ex-secretários.

Sem prestígio junto à bancada federal maranhense, sobrou então para governador do Maranhão apenas distribuir nas redes sociais e em grupos do aplicado WhatsApp fotos em que aparece ao lado de deputados de outros estados, mas também já fechados contra o impeachment da presidente Dilma sem qualquer influência do comunista.

Acompanhado de seu secretário de Comunicação e Articulação Política, Márcio Jerry Barroso, o governador Flávio Dino pretende permanecer em Brasília até o próximo domingo 17, dia da votação do impeachment. Munido de grandes propostas, ele acredita que ainda dá para reverter o quadro.



Comentários 6

  1. Tcharlesclay@hotmail

    Nunca votei na família Sarney,mais com essa atitude, agora ganharam minha simpatia.

  2. Pingback: Atual7

  3. Anderson

    Como alguém ainda pode acreditar em uma mentira dessa ? Saney filho em uma secretaria de FD? KKKK É para
    rir mesmo.

  4. Ellen Abreu

    Eu já sabia!! Esse governo desastroso que negocia com a agiotagem não volta mais, é só esse mandato se Deus quiser. #Flaviodinonuncamais

  5. Pingback: Atual7

Comente esta reportagem Cancelar Resposta