Waldir Maranhão recua de recuo e volta a ser contra impeachment
Política

Waldir Maranhão recua de recuo e volta a ser contra impeachment

Parlamentar acertou na madrugada de hoje que votaria a favor do afastamento de Dilma, mas mudou novamente de voto horas depois

O 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), recuou do recuo e divulgou em suas redes sociais que permanece contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele havia retornado ao voto anterior, de votar a favor do impedimento, após negociações pela madrugada deste domingo 17, dia na votação na Câmara, durante reunião com a alta cúpula do partido.

"Reafirmo que meu voto é NÃO AO IMPEACHMENT e manterei minha decisão, em nome da Democracia e em respeito ao povo brasileiro. Não vou recuar. Não ao Impeachment!", afirmou o parlamentar maranhense.

A declaração de Maranhão causou surpresa ao presidente do PP. "Então mudou de novo. Ontem à noite estava a favor do impeachment", disse Nogueira.

Waldir Maranhão ficou completamente isolado dentro do PP ao articular e apoiar publicamente contra o impeachment da presidente Dilma. Apesar de dizer-se decido a ser contra o impeachment, a pressão interna é enorme para que ele mude de posição até a votação das 16 horas, já que o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), que liderava com ele o processo de articulação de votos contra o impeachment, fechou questão pelo afastamento da presidente, deixando o 1ª vice-presidente da Câmara sozinho na missão de angariar votos.

A expectativa é que toda a bancada do PP consiga dar somente cinco votos contra o impedimento de Dilma. Um deles o do próprio ex-reitor da Uema (Universidade Estadual do Maranhão). A sigla tem aproximadamente 50 parlamentares.

O acordo para que Waldir Maranhão articulasse a favor do governo foi uma proposta do governador Flávio Dino (PCdoB), em troca no Ministério da Integração e de uma das vagas do estado ao Senado Federal em 2018. A outra vaga foi garantida ao ex-governador e deputado federal José Reinaldo (PSB-MA). A articulação contou com o aval do ex-presidente Lula (PT), que havia voltado para São Paulo no sábado, mas retornou a Brasília hoje, para tentar estancar as deserções.

Caso Waldir Maranhão confirme a posição contrária à do partido, ele será expulso da legenda por infidelidade partidária, podendo ainda perder a 1ª vice-presidência da Câmara. A esperança do parlamentar é encontrar abrigo em outras siglas. Ele ainda acredita que pode juntar outros deputados do PP para votar contra o impeachment.



Comentários 2

  1. genival

    parasita traidor da propria causa,preferiu apoia a corrupissao doque o povo! mercenario,

  2. Pingback: Atual7

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