Cleones Cunha evita julgar processo que pode livrar fantasmas da AL-MA
Política

Cleones Cunha evita julgar processo que pode livrar fantasmas da AL-MA

Presidente do TJ-MA teme ser alvo da PF. Ele foi denunciado ao CNJ e a PRG por suposto tráfico de influência e concessão de decisões judiciais em favor de Humberto Coutinho

O presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Cleones Cunha, tem evitado julgar o processo que, semelhante ocorreu no Tribunal de Contas do Estado (TCE), pode livrar a cara, literalmente, de todos os funcionários fantasmas lotados na Assembleia Legislativa do Maranhão.

A ação está assentada na mesa do magistrado desde a última quinta-feira 17, um dia antes do encerramento do prazo para que o presidente da AL-MA, deputado Humberto Coutinho (PDT), fornecesse à Justiça a relação completa de todos os deputados estaduais e servidores (efetivos, comissionados, contratados e requisitados) lotados na Casa, com indicação de cargo, remuneração do mês de maio deste ano (inclusive verba de gabinete e eventuais vantagens) e lotação.

Na Assembleia, onde há filhos e até um sobrinho de desembargadores do TJ-MA lotados, a canetada de Cleones Cunha era dada como certa.

Pelos bastidores, o comentário é de que Cunha teria recuado em julgar o processo após o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Procuradoria Geral da República (PGR) tomarem conhecimento de que ele estaria atuando em um suposto tráfico de influência, que envolve decisões judiciais de sua lavra, com o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão.

O chefe do Poder Judiciário maranhense, comenta-se, teria sido informado de que, caso viesse a derrubar a determinação do juiz Douglas de Melo Martins, que cuida da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, seria denunciado também ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele teme que, ao defender os interesses de Humberto Coutinho de não divulgar a lista de servidores da AL-MA com seus respectivos vencimentos, possa ser alvo de uma visita da Polícia Federal em sua casa e gabinete, como ocorreu com uma desembargadora do Amazonas que estaria envolvida num mesmo suposto esquema de concessão de decisões judiciais.



Comentários 2

  1. Pingback: Atual7

Comente esta reportagem Cancelar Resposta