O prefeito de São Luís e candidato à reeleição, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), sonegou o pagamento do Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU) da própria cidade que administra. A informação foi divulgada nesta sexta-feira 23, com exclusividade, pelo jornalista e blogueiro Luis Cardoso.

De acordo com a publicação, a inadimplência ocorreu entre janeiro de 2001 a janeiro de 2007, período em que Edivaldo disputou e ganhou seu primeiro mandato eletivo, como vereador. Na época, inclusive, ele era aliado do então prefeito da capital, Tadeu Palácio.

Os documentos mostram que as dívidas não existem mais, já que podem ter sido pagas ou perdoadas, daí as tabelas “saldo atualizado”, “multa”, “juros”, “valor do desconto” e “valor total atualizado” estarem zeradas. Contudo, a tabela “situação dívida ativa” confirma a sonegação e revela ainda que Edivaldo Holanda Júnior teve seu nome incluído na Dívida Ativa de Inadimplentes do Município de São Luís por ter deixado de pagar o imposto.

Pra quem era fiscalizador do Executivo municipal quando a dívida ocorreu, e atualmente tenta permanecer justamente sentado na cadeira de prefeito, o vazamento dos documentos deve aumentar a desconfiança do eleitorado ludovicense em relação ao que diz o pedetista, principalmente após a revelação feita pelo ATUAL7, de que ele ocultou bens na declaração apresentada à Justiça Eleitoral, o que é crime.

O IPTU sonegado por Edivaldo, inclusive, é o do Edifício Cordoba, no Renascença II, o único do três imóveis que ele declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Desespero

A revelação caiu como uma bomba no Palácio de la Ravardiére, sede do Poder Executivo municipal. Uma reunião foi convocada às pressas, para conter o desespero de Edivaldo e aliados. O medo da cúpula palaciana e de campanha do pedetista é que o feitiço se volte contra o feiticeiro.

Desde o início da campanha eleitoral, setores da imprensa anilhados a prefeitura de São Luís têm acusado o candidato a prefeito pela coligação “Por Amor a São Luís”, Wellington 11 (PP), de ter agido da mesma forma que Edivaldo em relação ao IPTU.

Ocorre que, diferente de Edivaldo Júnior, que realmente sonegou o pagamento do imposto – e justamente quando era vereador de São Luís, ou seja, quando cobrava da população o que não cumpria – Wellington não deixou de pagar o IPTU.

Conforme pode se observar na explicação dada pelo progressista e nas próprias acusações contra ele, o que ocorreu foi um questionamento do débito na Justiça, sob a justificativa de que não se concordava com o valor abusivo cobrado pela prefeitura, que nunca resolveu o problema histórico de alagamentos no período chuvoso em milhares de pontos na cidade, inclusive em frente a uma das unidades de cursinho preparatório de Wellington.