Na estranha falta de ação do Ministério Público do Estado do Maranhão e do novo chefe da Promotoria Geral de Justiça (PGJ), Luís Gonzaga Martins Coelho, para combater a imoralidade e locupletação de dinheiro público, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão promoveu a funcionária fantasma Mizzi Gomes Gedeon, pouco tempo depois de tentar barrar na Justiça a obrigação de abrir a caixa-preta de seu quadro de pessoal e de gastos diretos e indiretos.
A nomeação foi publicada nessa quarta-feira 14, no Diário Eletrônico da AL-MA, com efeito retroativo ao 1º dia de setembro.
Mizzi Gedeon, como o próprio sobrenome já revela, é filha do ex-presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Jamil de Miranda Gedeon Neto, e já havia sido identificada como funcionária fantasma do Poder Legislativo maranhense, juntamente com outros filhos da toga, que até julho último já haviam faturado mais de R$ 1,2 milhão do erário sem precisar pisar no local de trabalho.
De acordo com o Diário da AL-MA, Mizzi pulou do cargo em Comissão, Símbolo DANS-1, de Assessor Parlamentar — onde embolsava R$ 9.707,19 (nove mil, setecentos e sete reais e dezenove centavos) e faturou quase R$ 200 mil sem precisar ir trabalhar —, para o cargo em Comissão, Símbolo Isolado-1, de Subprocurador Legislativa do Quadro de Pessoal da Casa.
O novo salário da filha do desembargador Jamil Gedeon ainda não foi revelado. Contudo, sabe-se que o novo cargo é melhor remunerado e só poderia ser ocupado por servidores efetivos, e não comissionados, e muito menos por fantasmas.
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