PGJ investiga relação da PMR Táxi Aéreo com Andrea Murad e Sousa Neto
Política

PGJ investiga relação da PMR Táxi Aéreo com Andrea Murad e Sousa Neto

Deputados teriam recebido dinheiro doado por meio de contrato superfaturado pela SES. Peemedebista teria utilizado aeronave da empresa durante campanha eleitoral

A Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) instaurou Procedimento Investigatório Criminal (PIC), com prazo de 90 dias para conclusão, para apurar a relação entre a empresa PMR Táxi Aéreo e Manutenção Aeronáutica S/A e os deputados estaduais André Murad (PMDB) e Sousa Neto (PROS), durante as eleições de 2014.

As investigações estão aos cuidados da promotora de Justiça Adélia Maria Souza Rodrigues Morais, integrante da Assessoria Especial de Investigação dos ilícitos praticados por agentes políticos detentores de foro por prerrogativa de função.

O ATUAL7 apurou que o objetivo das investigações é apurar possíveis irregularidades do processo licitatório do Pregão Presencial nº. 048/2013-CSL/SES, realizado pela Secretaria Estado da Saúde (SES), bem como na execução do Contrato nº 510/2013, celebrado entre a SES e a PMR. O PIC contra os parlamentares oposicionistas foi aberto no dia três de fevereiro deste ano, a partir de auditoria produzida pela Secretaria de Estado da Transparência e Controle (STC), entregue ao chefe da PGJ, promotor Luiz Gonzaga Coelho, um ano antes.

Assinado em janeiro de 2014, o contrato entre a SES e a PMR foi celebrado pelo então secretário estadual de Saúde Ricardo Murad (PMDB), ao custo de R$ 4,9 milhões.

Pelo montante, a empresa se comprometeu a alugar dois helicópteros para operações de transporte aéreo público de servidores em missões inerentes à prestação de serviços de saúde, fiscalização de obras dos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em construção, além de enfermos em situação de urgência/emergência, abrangendo todo o Maranhão.

Contudo, segundo a auditoria da STC, os valores da locação teriam sido superfaturados, e parte do dinheiro público pago pela SES pelos serviços teria sido doado para as campanhas eleitorais dos parlamentares. Além de supostamente ter se beneficiada com as doações, a peemedebista teria, ainda, utilizado os serviços pagos pelo Estado à PMR para fazer campanha pelo interior do Maranhão. O uso de um helicóptero aos municípios de Coroatá e São João dos Patos é citado no documento.

Além dos parlamentares, o próprio Ricardo Murad, pai de Andrea Murad e sogro de Sousa Neto, também configura do PIC como investigado.



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