Estupros na Ufma revelam que convênio entre Jefferson e Nair Portela foi midiático
Política

Estupros na Ufma revelam que convênio entre Jefferson e Nair Portela foi midiático

Em quatro dias, duas estudantes foram violentadas dentro do Campus. Acordo garantia rondas em locais vulneráveis e de alto risco e monitoramento dos espaços físicos da instituição

Denúncias feitas por duas estudantes da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), dando conta de que foram vítimas de estupro dentro do Campus, revelam que a assinatura de um convênio entre o secretário estadual de Segurança Pública, delegado Jefferson Portela, e a reitora da unidade federal, Nair Portela, não passou de uma obra midiática dos dois irmãos.

A suposta parceria foi firmada pelos Portelas em agosto do ano passado, após a morte de um estudante a golpes de faca, em um banheiro do Centro de Ciências Humanas (CCH).

Pelo acordo, equipes da Polícia Militar passariam a atuar nas instalações da Cidade Universitária, por meio de rondas em locais vulneráveis e de alto risco, além de monitoramento dos espaços físicos da instituição. Até mesmo a transferência da unidade do 1º Batalhão da PM, que funcionava no Outeiro da Cruz, para a sede da Supervisão das Áreas Integradas de Segurança Pública (Saisp), na Avenida dos Portugueses, próximo ao Campus, foi feita.

“A transferência vai garantir o reforço da segurança, não só aos alunos e funcionários da Ufma, mas de toda a população do seu entorno”, assegurou o titular da SSP, à época.

“Estamos concretizando uma parceria que resultará em benefícios para todos. Além da presença da Polícia Militar, vamos melhorar a iluminação da Cidade Universitária e estabelecer medidas que visam controlar o acesso às dependências por pessoas que não pertencem à comunidade acadêmica”, garantiu a reitora durante a cerimônia.

Contudo, com as ocorrências dos dois estupros — cometidos em quatro dias de diferença, em locais próximos e, segundo divulgado pela delegada Kazumi Tanaka, provavelmente pelo mesmo autor —, além dos assaltos constantes e do uso de drogas nas dependências da universidade, fica evidenciado que a assinatura do convênio serviu apenas para os dois irmãos baterem fotos e postar nas redes sociais.



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