Palácio dos Leões quer Bira na presidência da CPI da Saúde
Política

Palácio dos Leões quer Bira na presidência da CPI da Saúde

Governo pretende indicar ainda o relator da comissão. Plano é controlar o que e quem poderá ser investigado

O Palácio dos Leões deu início, na sessão dessa quinta-feira 22, ao plano de tomar de conta da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, proposta pelo deputado Wellington do Curso (PP) para investigar contratos e convênios firmados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), nos governos Jackson Lago, Roseana Sarney e Flávio Dino.

Um dia depois do líder do governo, deputado Rogério Cafeteira (PSB), revelar que a base estava liberada para assinar a instalação da CPI, o deputado Bira do Pindaré (PSB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão para declarar que apoia a criação da comissão.

“Estou inteiramente à disposição. (...) O que nos interessa é que seja apurado, é que seja investigado, que a gente chegue aos responsáveis pelo desvio do dinheiro público e que eles sejam punidos. É isso o que nós desejamos e é por isso que eu subscrevo a CPI ”, jurou.

Para que a comissão seja instalada, é necessária a adesão de pelo menos 14 assinaturas.

Segundo fontes palacianas, com a declaração de Bira em apoio à comissão e às investigações, a estratégia é aguardar as investidas de Wellington para garantir a coleta de outras assinaturas.

Caso os demais parlamentares do Bloco Independente, do qual o progressista faz parte, tomarem uma posição uniforme pela instalação da CPI, outros deputados da base também assinarão imediatamente a proposta, antes dos poucos membros do Bloco Parlamentar de Oposição que pretendem assinar, para que a maioria do colegiado seja formada por governistas. O plano do governo é garantir tanto a Presidência quanto a Relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Neste caso, como Bira é o queridinho e de extrema confiança de Flávio Dino (PCdoB), ele foi liberado a ser o primeiro governista a apoiar a instalação da CPI para já marcar o assento da presidência da comissão. Para a Relatoria, ainda segundo fontes, é analisado a indicação do deputado Marco Aurélio (PCdoB).

Com o domínio dos dois principais assentos da comissão especial, e ainda com a maioria dos membros da CPI, o Palácio dos Leões é quem controlará o que e quem poderá ser investigado, bem como quem será eventualmente punido.



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