Wellington critica Lula por dizer que não sabia de desvios do IDAC
Política

Wellington critica Lula por dizer que não sabia de desvios do IDAC

Secretário alega que esquema de apresentar notas fiscais de empresas de fachada para receber o dinheiro público da SES era sofisticado

O deputado estadual Wellington do Curso (PP) criticou o secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, por haver declarado que não sabia e nem tinha como saber que o Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC) estava afanando o dinheiro repassado pela pasta para a administração de pelo menos seis unidades de saúde da rede pública estadual. O progressista é autor da proposta de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os desvios dos recursos da SES.

“Em 2015 e 2016, os contratos [com o IDAC] foram renovados pelo atual governo; foram triplicados. Só que, após essa última investigação da Polícia Federal, ninguém sabe nada. É o velho ato de dizer que não sabe de nada, estão dizendo que não sabem de nada”, criticou.

Segundo a Polícia Federal, mais de R$ 18 milhões teriam sido embolsados criminosamente pelo instituto, entre novembro de 2015 até a data da deflagração da Operação Rêmora, em São Luís, há pouco mais de uma semana. O dinheiro desviado era sacado diretamente na boca do caixa, após o IDAC apresentar à SES notas fiscais de empresas de fachada para atestar supostas prestações de serviços nessas unidades hospitalares.

Diante da descoberta de todo o esquema, no último domingo 12, Lula deu em entrevista ao quadro “Cadê o dinheiro que tava aqui?”, do Fantástico, Rede Globo, e repetiu a defesa apresentada pelo Palácio dos Leões sobre o caso, de que a forma de desvios da saúde era tão avançada, que a SES não teria como descobrir o esquema.

“A gente não tinha como detectar nenhuma irregularidade, mesmo com nosso sistema de prestação de contas porque a fraude era sofisticada”, alegou.

Apesar da confissão de incompetência, o secretário vem recebendo a proteção do governador Flávio Dino (PCdoB), que é seu amigo e cliente num escritório de advocacia, e permanece no cargo, quando o correto seria afastá-lo e abrir uma investigação interna para apurar suas declarações sobre a falta de conhecimento sobre o esquema.



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