Caravana de Roseana e prisão de gestores afetarão cenário político de 2018 no MA
Política

Caravana de Roseana e prisão de gestores afetarão cenário político de 2018 no MA

Pré-candidata deve começar a percorrer cidades-pólo e regiões do estado em março. Prefeitos, ex-prefeitos e empresários envolvidos na Máfia da Agiotagem devem ser alvo de operações

A caravana da pré-candidata ao Palácio dos Leões, Roseana Sarney (MDB), em cidades-pólo e regiões do Maranhão, e a prisão de prefeitos, ex-prefeitos e empresários envolvidos na Máfia da Agiotagem irão definir os rumos da eleição para o governo estadual em 2018, antes mesmo das convenções partidárias, quando serão selados acordos e coligações rumo ao pleito de outubro próximo.

A força da primeira ação tem relação direta com a importância da entrada oficial da emedebista na disputa, afastando todos os boatos de que ela não será candidata. A segunda, de maior impacto, tem como potência eleitoral a moralidade com a coisa pública e a possível retirada de grandes lideranças políticas e empresarias do jogo eleitoral, por meio de prisões e iminência destas.

Prometida inicialmente para novembro do ano passado, em seguida adiada para a segunda quinzena deste mês e depois para o início de março próximo, a visita da comitiva de Roseana pelo estado é aguardada por diversas lideranças políticas e empresarias que não abandonaram a ex-governadora do Maranhão e até por aquelas que chegaram a trocá-la pelo governador Flávio Dino (PCdoB), mas já retornaram nos bastidores.

Em relação ao combate à Máfia da Agiotagem, desde que assumiu o comando do Palácio dos Leões, o governador mostrou serviço contra a organização criminosa apenas nos dois primeiros anos, 2015 e 2016, ainda assim com o 1º Departamento de Combate à Corrupção (Deccor), vinculado à Superintendência de Combate à Corrupção (Seccor), da Polícia Civil do Maranhão, tendo como alvo, quase sempre, os mesmos alvos — sendo ainda que um deles, o agiota Eduardo DP, passou a subir no palanque do comunista e a celebrar contratos com o governo. Outro empresário do ramo financeiro paralelo, Gláucio Alencar, embora não tenha subido em palaque do chefe do Executivo, também passou a ter empresa que opera no esquema a firmar contratos com o Palácio.

Como, nos últimos quatro anos, menos de 10% das 41 prefeitos inicialmente investigados foram alvo de deflagração de operações — levantamento do ATUAL7 aponta que número de gestores envolvidos é maior —, e por as investigações já estarem em estado avançado, a iminência de novas prisões para 2018 é garantida.

Em razão do ano eleitoral, as novas operações poderão ter pelo menos dois motes: o primeiro diz respeito à moralidade da coisa pública, com Flávio Dino sendo eleitoralmente favorecido por estar combatendo a corrupção; e a segunda, mais política ainda, é a de intimidação a quem ousar deixar o dinismo para apoiar algum adversário do governador.



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