Falta de retorno de ex-aliados aponta para fracasso de Roseana em 2018
Política

Falta de retorno de ex-aliados aponta para fracasso de Roseana em 2018

Políticos que trocaram a emedebista por Flávio Dino não têm a segurança de que ela pode derrotar o comunista nas urnas

Quase três meses depois de anunciar oficialmente que é pré-candidata ao Palácio dos Leões, de viabilizar verbas junto ao governo federal para distribuir aos municípios do Maranhão, e mesmo após limpar a sua ficha em processos relacionados a corrupção, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) consegue juntar em torno de seu projeto de retorno ao comando do Estado apenas agentes de baixa expressividade. Ou manter quem nunca abandonou o clã.

Com a proximidade do pleito, a falta de retorno de políticos de altura — como André Fufuca (PP), Cléber Verde (PTB), Josimar de Maranhãozinho (PR), Gastão Vieira (PROS), Pedro Fernandes (PTB) e Juscelino Filho (DEM) —, que trocaram de barco e agora são devotos do governador Flávio Dino (PCdoB), aponta que a emedebista não consegue passar aos ex-aliados a confiança de que derrotará o comunista nas urnas. Nem mesmo sequer provocar um eventual segundo turno.

Até agora, com mandato, apenas alguns prefeitos, vereadores e cerca de meia dúzia de deputados estaduais e federais resolveram abraçar a pré-candidatura de Roseana. A maioria, inclusive, às escondidas. Mas nada que lhe garanta musculatura eleitoral e partidária.

O restante de apoiadores, segundo os poucos registros divulgados sobre reuniões que vem ocorrendo no comitê do Calhau, é formado por ex-prefeitos, ex-vereadores e até ex-lideranças políticas, que não conseguem mais mover nem mesmo a própria rua ou condomínio onde moram. Mesmo se juntados, o punhado é tão ínfimo que todos conseguem aparecer facilmente numa única foto. E na foto ainda ficam buracos no meio e sobra espaço nos lados.

Se até as convenções pelo menos um dos ex-aliados não retornar à casa, Roseana Sarney pode não apenas ser derrotada por Flávio Dino, mas também amargar um retumbante fracasso. Possivelmente por reconhecer isso que ela permaneça até agora em pré-campanha apenas no sofá de casa. Facilita, mais na frente, um eventual recuo para a disputa pelo governo.



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