O deputado estadual Eduardo Braide (PMN) voltou a afirmar que está atrás de partidos que possam lhe garantir estrutura mínima de campanha para concorrer ao Palácio dos Leões, em 2018 — prática condenada por ele próprio na eleição passada, quando defendia que esse tipo de postura representava o loteamento de secretarias em troca de apoio eleitoral.
Em entrevista ao jornal O Imparcial, no último fim de semana, o parlamentar oscilou entre aparecer ao eleitorado como novidade política e a necessidade de reaproximação com legendas e caciques que possam fazer seu nome ser conhecido pelo interior do estado.
Um dos principais partidos que o parlamentar espera contar em seu arco de alianças é o Democratas, antigo PFL, que tem como nome para o Palácio do Planalto o presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia. Ele aguarda ainda a confirmação do Avante e do PHS. Houve ainda conversas com o PT.
Nas eleições de 2016, quando se encaixou ao perfil das pesquisas qualitativas do Instituto Escutec — que apontavam para o conservadorismo do eleitorado da capital, que queria uma pessoa de família constituída clássica (pai, mãe e filhos), proximidade com alguma religião cristã e sem associação com as raposas da política maranhense, daí o surgimento do fenômeno —, Braide usou um de seus programas para massificar que não tinha o apoio de nenhuma legenda, que era candidato apenas de seu partido e que os outros adversários representavam a velha política justamente por terem coligado com outras agremiações.
“Partidos ligados ao grupo Sarney”, disparou ele contra adversários, na época.
Se confirmado o acordo com o DEM e os outros partidos, Eduardo Braide poderá receber a pecha de estelionatário eleitoral, por ter se apresentado como um postulante diferente no pleito passado. Já caso a costura não vingue, ele se reafirmará como uma cara nova na política estadual — mesmo já tendo passado pelas mãos de José Reinaldo Tavares, João Castelo, Roseana Sarney e de Flávio Dino, além de estar relacionado a casos de corrupção —, mas terá de tentar a reeleição para estadual, com grandes dificuldades de conseguir pelo menos isso, se quiser permanecer na vida pública.
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A entrada de Braide vai embolar o meio de campo, pois não tenho dúvidas de que ele arrastará milhares de votos jogando a eleição para o segundo turno, Flávio Dino até poucos meses atrás já dava como certa sua vitória no primeiro turno, mas como em política o improvável tem lugar poderemos ter muitas surpresas.