Contrabando: empresários, secretário e deputados permanecem livres
Política

Contrabando: empresários, secretário e deputados permanecem livres

Investigação já resultou no estouro de galpões com mais de R$ 100 milhões em mercadorias. Apenas policiais e o ex-vice-prefeito de São Mateus foram presos até agora

Um mês depois da ação policial transformada em midiática mega operação de combate ao contrabando pelo secretário estadual de Segurança Pública, delegado Jefferson Portela, e pelo comandante-geral da Polícia Militar do Maranhão, Cel Pereira, permanecem livres de qualquer incômodo os empresários, secretário e deputados supostamente envolvidos com a organização criminosa.

Embora já sob responsabilidade da Justiça Federal, por declarada falta de competência da Justiça Estadual, todas as investigações e informações constantes nos autos foram produzidas pela Superintendência Estadual de Prevenção e Combate a Corrupção (Seccor), subordinada à Delegacia-Geral de Polícia Civil do Maranhão.

O envolvimento dos empresários, omitido por Portela em todas as manifestações públicas sobre as investigações, se dá pelo fato de que a mercadoria encontrada em diversos galpões estourados deveria, pela lógica, ser contrabandeada para ser repassada para venda em grandes comércio locais, em razão do alto volume de produtos encontrados: mais de R$ 100 milhões em cigarros e garrafas de Whisky.

Já a participação de um secretário estadual e dois deputados estaduais, pertencentes a base do Palácio dos Leões na Assembleia Legislativa do Maranhão, foi revelada com o vazamento proposital, pelo próprio comando da SSP-MA, de um áudio em que o ex-vice-prefeito do município de São Mateus, Rogério Garcia, informa ter entrado em contato com o auxiliar governistas e os parlamentares em busca de garantias de proteção e liberdade logística para o bando.

O próprio interlocutor de Garcia no áudio, inclusive, permanece desconhecido.

Na internet, o ex-vice-prefeito de São Mateus tem diversas fotos com integrantes da atual oposição aos Leões, mas também tem registros ao lado do governador Flávio Dino (PCdoB), inclusive em Brasília.



Comentários 1

  1. Maranhão Livre

    A verdade que ser secretário ou deputado aliado do governo é um grande negócio aqui no Maranhão. O Palácio abafa tudo. Eles já tem toda uma estratégia de abafamento de bombas. Levi Pontes já foi pego em dois áudios de whatsapp negociando peixes e até uma UPA por apoio, mas nada aconteceu. Cabo Campos quase mata a mulher e o caso já foi pra debaixo do tapete... e agora esses outros ai que ninguem sabe nem quem são pq já estão de baixo das asas do Bucho Grande.

    Como é possível? Só no Maranhão. Saiu um coronel e entrou um ditador.

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