Assembleia Legislativa do MA aprova projeto que combate assédio sexual em ônibus
Política

Assembleia Legislativa do MA aprova projeto que combate assédio sexual em ônibus

Proposta foi apresentada pelo deputado Adriano Sarney. Texto segue para o governador Flávio Dino, que tem 15 dias úteis para sancionar ou vetar

A Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, na sessão dessa terça-feira 23, o projeto de lei n.º 122/2018, de autoria do deputado Adriano Sarney (PV), que institui o Programa de Combate ao Assédio Sexual no Transporte Coletivo no âmbito de todo o estado. A matéria segue agora para a apreciação do governador Flávio Dino (PCdoB), que tem o prazo de 15 dias úteis para decidir pela sanção ou veto.

Além de chamar a atenção para o alto índice de casos de assédio sexual nos veículos do transporte coletivo do Maranhão, a iniciativa tem por objetivo coibir o assédio e criar campanhas educativas para estimular denúncias, por parte das vítimas, desta prática criminosa.

De acordo com o projeto, que visa também conscientizar a população e os passageiros dos veículos de transporte coletivo sobre a importância do tema, é considerado assédio sexual todo o comportamento indesejado de caráter sexual, sob forma verbal, não verbal ou física, com o objetivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afetar a sua dignidade ou criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador.

A proposta de Adriano prevê a criação de ouvidorias, dentro das empresas concessionárias de transporte público, a fim de receber denúncias de assédio sexual e encaminhá-las rápida e diretamente à autoridade policial competente.

Está prevista, também, a capacitação de motoristas e cobradores de veículos do transporte coletivo para intervir nos casos de assédio sexual às mulheres e encaminhar as denúncias.

Outro importante mecanismo de prevenção, previsto no projeto, é a utilização do sistema de videomonitoramento pelas empresas e sistema de localização via satélite, com a tecnologia Global Positioning System (GPS), se existentes, para identificar os assediadores e o exato momento do assédio sexual.



Comente esta reportagem