Ciro Gomes: “Se eu não quero ajudar, atrapalhar é que eu não quero”
Política

Ciro Gomes: “Se eu não quero ajudar, atrapalhar é que eu não quero”

Pedetista ignorou acenos do PT e de Haddad. Em vídeo nas redes sociais, ele disse que decidiu não se posicionar na disputa presidenciável

Terceiro colocado no primeiro turno, o candidato derrotado do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, ignorou os acessos do PT e decidiu não se posicionar na disputa neste segundo turno.

Neste sábado 27, véspera da eleição, em vídeo divulgado nas redes sociais, Ciro disse que não vai se posicionar neste momento “por uma razão muito prática” que não revelou, mas que quer “preservar um caminho” para que a população possa ter “uma referência”.

“Claro que todo mundo preferia que eu com meu estilo tomasse um lado e participasse da campanha, mas eu não quero fazer isso por uma razão prática que eu não quero dizer agora, porque se eu não quero ajudar, atrapalhar é que eu não quero”, declarou.

Ciro havia viajado para a Europa, e vinha sendo cortejado pela campanha do petista Fernando Haddad e o próprio PT para integrar uma frente contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL), que lidera todas as pesquisas de intenção de votos, no segundo turno. Ele não mencionou o nome nem de Haddad, nem de Bolsonaro durante a transmissão.

https://www.facebook.com/cirogomesoficial/videos/2239699602986045/

No início do segundo turno, o PDT declarou apoio crítico a Haddad, e o irmão de Ciro, senador eleito Cid Gomes, fez críticas ao PT quando participava de um ato em apoio ao petista. O vídeo chegou a ser utilizado na campanha de Bolsonaro na televisão.

A senadora e ex-ministra da Agricultura Kátia Abreu (PDT-TO), que foi candidata a vice na chapa de Ciro, decidiu não seguir a decisão do partido de apoiar Haddad no segundo turno.

Para Kátia, durante as eleições do primeiro turno, as urnas mostraram que o PT “está ferido de morte”, sem “projeto para o país”. Ainda segundo ela, com o ex-presidente Lula preso pela Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro e a ex-presidente Dilma ainda sob o frescor do impeachment, o petismo decidiu participar da eleição por “medo de perder a hegemonia”. “Se o projeto de Brasil fosse mais importante, eles tinham apoiado outra pessoa. Que paixão é essa pela democracia? Tem não. É pelo partido”, disse.



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