PF deflagra Linha de Montagem contra crimes previdenciários em São Luís
Política

PF deflagra Linha de Montagem contra crimes previdenciários em São Luís

Prejuízo inicialmente identificado gira em torno de R$ 13,6 milhões. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão

A Polícia Federal (PF) com apoio da Secretaria da Previdência (SPrev) deflagrou, na manhã desta quinta-feira 22, em São Luís, a Operação Linha de Montagem com a finalidade de reprimir crimes previdenciários. Foram cumpridos 5 mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. Foi determinada, ainda, a suspensão/bloqueio do pagamento de 221 benefícios pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Iniciadas no ano de 2015, as investigações levaram à identificação de um esquema criminoso no qual eram falsificados documentos públicos para fins de concessão dos benefícios de amparo social ao idoso e de pensão por morte. Os titulares e, no caso das pensões, os instituidores, eram pessoas fictícias, criadas virtualmente.

Segundo a PF, o grupo criminoso atuava desde 2010, contando com a participação de um servidor do INSS, já investigado pela força-tarefa Previdenciária na Operação Tânato, deflagrada em fevereiro de 2016, de um estelionatário especializado no cometimento de fraudes previdenciárias e de dois funcionários de uma Casa Lotérica, responsáveis pela abertura de contas para pagamento dos benefícios irregulares.

O prejuízo inicialmente identificado gira em torno de R$ 13,6 milhões. O valor do prejuízo evitado com a consequente suspensão dos benefícios ativos, levando-se em consideração a expectativa de vida média da população brasileira, é de aproximadamente R$ 12,6 milhões.

A Operação contou com a participação de 20 policiais federais e de um servidor da Coordenação de Inteligência Previdenciária da Secretaria de Previdência (COINP), sendo denominada Linha de Montagem em alusão ao esquema criminoso que estava em andamento, já que era estruturalmente ordenado e caracterizado por divisão de tarefas.

Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistema de informações e de associação criminosa, cujas penas máximas podem alcançar a 10 anos de prisão.



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