Vereador quer queda de Lula Fylho após confissão de suposta improbidade
Política

Vereador quer queda de Lula Fylho após confissão de suposta improbidade

Secretário de Saúde de São Luís admitiu que assina documentos da pasta sem analisá-los e que houve compra de medicamentos acima da capacidade de distribuição

O líder do PPS na Câmara Municipal de São Luís, vereador Umbelino Júnior, cobrou do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) a exoneração imediata do titular da Secretaria Municipal Saúde (Semus), Lula Fylho, após este assumir que assina diversos documentos da pasta sem sequer lê-los.

“Ele não tem mais condições para continuar na pasta. A população precisa saber o que está acontecendo na saúde pública da nossa cidade”, destacou o vereador.

A confissão foi feita pelo secretário na semana passada, durante entrevista ao programa Os Analistas, da TV Guará, quando tentava justificar erros da gestão municipal relacionados à sua pasta, sobre compra de medicamentos acima da capacidade de distribuição e, segundo o próprio secretário, da necessidade da população da capital.

“A gente assina muito documento. Eu assino 250 processos, em média, por dia. Como é que você lê tudo em detalhe? Não lê! Um dia eu também posso responder algum processo [administrativo] desse”, admitiu Lula Fylho.

Em tese, as confissões públicas de assinatura de documentos sem a devida análise e a compra de medicamentos acima da capacidade de distribuição e da necessidade da população de São Luís podem caracterizar improbidade administrativa.

Umbelino Júnior é autor do requerimento com pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pela Câmara Municipal de São Luís para apurar, além da questão sobre a compra e distribuição dos medicamentos, possível super inchaço na folha de servidores lotados da Semus.



Comentários 1

  1. Maria Helena

    Será que assina sem ler ou precisa mesmo assinar? Improbidade administrativa é algo tão corriqueiro nas administrações públicas brasileiras que nós nem nos surpreendemos mais, a briga dos políticos por cargos nas eleições é para ter o direito ao poder da caneta, ou seja, o direito de mandar e desmandar nos órgãos públicos nomear amigos para cargos estratégicos e importantes com direito de indicar outros para cargos comissionados, indicar também pessoas por serviços terceirizados. E, assim é o país chamado Brasil.

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