Governo Dino ignorou LGBTs e idosos em cerimônia de recondução
Política

Governo Dino ignorou LGBTs e idosos em cerimônia de recondução

Segmentos sociais não foram escolhidos para participar do ato de transmissão da faixa ao comunista

O governo de Flávio Dino, do PCdoB, ignorou a população LGBTs e de idosos na cerimônia de recondução do comunista ao cargo, ocorrida em evento casado com um show do cantor maranhense Zeca Baleiro custeado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura, atraindo público para o local.

Em ato populista forçado, a transmissão de faixa ao comunista foi diferente do que comumente é visto em cerimônias desse tipo. Reeleito, Dino recebeu a faixa depois que ela passou por sete pessoas. “Cada uma representava um segmento da sociedade maranhense”, diz texto publicado no site institucional do Governo do Maranhão.

No caso, os segmentos escolhidos pelo cerimonial foram apenas o da população indígena; dos professores; das pessoas com deficiência e patologias; dos agricultores; da diversidade cultural; dos estudantes; e dos negros.

A ausência da população de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e demais grupos LGBTs dentre os segmentos representados no evento de recondução de Flávio Dino revela um grave contrassenso da gestão comunista diante das diversas críticas que vêm sendo feitas por membros do PCdoB, setores da esquerda e pelo próprio governador do Maranhão ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), principalmente nos últimos dias, em razão da Medida Provisória que definiu a nova estrutura do governo federal omitir a comunidade LGBT nas diretrizes da política de Direitos Humanos a ser implementada pelo capitão reformado do Exército.

Já a ausência da população idosa no evento pode ser explicada pela situação delicada e caótica experimentada pelos aposentados maranhenses durante o primeiro mandato de Flávio Dino, quando o comunista realizou remanejamentos na ordem de R$ 144,9 milhões, apontados como inconstitucionais e ilegais, do Fundo Estadual de Pensão e Aposentadorias (Fepa), cuja finalidade é garantir o pagamento de aposentadoria e pensão dos servidores e seus dependentes do Estado do Maranhão.

Houve ainda o saque antecipado de mais de R$ 400 milhões de quatro fundos de investimentos do Fepa e do Iprev (Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão), além de atraso, em meses, no pagamento do benefício previdenciário a diversos servidores, inclusive a um idoso de 80 anos.



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