Moro diz que desvios de recursos atingem os “mais vulneráveis”
Política

Moro diz que desvios de recursos atingem os “mais vulneráveis”

Ex-juiz federal da Lava Jato assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele garantiu que o Brasil não será “porto seguro” para o crime

O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, tomou posse, nesta quarta-feira 2. Transmitiram o cargo os ex-ministros Raul Jungmann (Segurança Pública) e Torquato Jardim (Justiça). Também participaram da cerimônia o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, e o novo comandante do Exército, Edson Leal Pujol.

Durante a cerimônia, o ex-juiz federal da Lava Jato falou que o desvio de recursos públicos atinge os “mais vulneráveis”. Ele disse, também, que a corrupção não deve ser combatida apenas com investigações e condenações criminais, e defendeu políticas gerais que diminuam incentivos e oportunidades de praticar o crime.

“O brasileiro, seja qual for sua renda — e lembremos que o desvio de recursos públicos atinge mais fortemente os mais vulneráveis —, tem o direito de viver sem medo da violência e sem medo de ser vítima de um crime pelo menos nos níveis epidêmicos atualmente existentes”, declarou.

Moro afirmou, ainda, que em seu papel anterior podia fazer pouco para combater à corrupção em todo o país, mas no governo poderá fazer mais. Ele garantiu que o Brasil não será “porto seguro" para criminosos, e que o país não negará cooperação em investigações por “motivos político-partidários”.

“Não deve haver portos seguros para criminosos e para o produto de seus crimes. O Brasil não será um porto seguro para criminosos e jamais, novamente, negará cooperação a quem solicitar por motivos político-partidários”, disse o ministro.

Sério Moro afirmou que seus atos estão em elaboração, mas deu alguns exemplos. Dentre eles, a padronização nas polícias do país, numa espécie de intervenção, mas que ele disse que se chamará de “cooperação”. Falou também sobre a retomada do controle do governo nas penitenciárias.

O novo ministro prepara um pacote para apresentar ao Congresso Nacional entre fevereiro e março deste ano.



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