Ana do Gás diz que irmã não é e nunca foi funcionária fantasma

Deputada do PCdoB foi gravada em vídeo coagindo diretora de UPA a assinar ponto da parente, que não comparecia para trabalhar. Ela é cotada para assumir a Secretaria da Mulher no governo Dino

A deputada Ana do Gás (PCdoB) enviou nota ao ATUAL em que contesta a informação de que a irmã dela, Maria José Gomes, recebeu dinheiro da saúde pública estadual sem precisar ir bater ponto e trabalhar.

Em dezembro de 2017, em meio à deflagração pela Polícia Federal da Operação Pegadores, da Sermão aos Peixes, justamente para combater desvios de dinheiro público por meio de funcionários fantasmas, a parlamentar foi gravada em vídeo coagindo uma diretora de Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em São Luís a assinar a folha de presença da irmã.

No vídeo, a gestor da UPA discute com Ana do Gás, e informa que a irmã dela não comparecia na unidade para trabalhar – tendo começado a frequentar o local para poucas horas de expediente somente após a instituição do ponto. “Eu não vou me corromper. Eu não vou assinar uma folha de uma pessoa que não comparece”, protestou ela.

A deputada, então, segundo mostra o vídeo, ameaça acionar o secretário estadual da Saúde, Carlos Lula, para resolver a questão. “Você pode falar o que você quiser. Vamos ao que interessa. Eu vou lá para a Secretaria [de Saúde] e vou pedir para o secretário lhe mandar um documento. Você quer que publique esse documento?”, questiona Ana do Gás, aparentemente referindo-se a alguma ordem para validar o ponto da irmã.

Na nota encaminhada ao ATUAL7, porém, a comunista afirma que a irmã “não é, e nem nunca foi FUNCIONÁRIA FANTASMA [destaque dado por ela]”, mas servidora concursada e que, atualmente, “desempenha sua função no Hospital Dr. Adelson Sousa Lopes na Vila Luizão cumprindo normalmente seu horário de trabalho, sendo uma profissional competente, dedicada e admirada por todos”.

Ainda segundo Ana do Gás, a questão “é requentada; e o assunto, já superado”, que a visita feita à época à UPA “foi com o objetivo de pedir explicações à então gestora à cerca das perseguições” que Maria José Gomes estava sendo vítima, segundo ela, pelo simples fato de ser sua irmã. “Na ocasião foi pedido que mesmo tratamento dado a ela, também fosse estendido aos demais servidores”, afirma a deputada.

Cotada para assumir o comando da Secretaria de Estado da Mulher (Semu) na segunda gestão do governador Flávio Dino (PCdoB), ela alega também que a cobrança sobre a divulgação de providências que tenham sido tomadas em relação ao caso tem como “único propósito” “denegrir” a imagem dela “como parlamentar e com isso confundir a opinião pública”.

“Informo ainda que nunca me recusei esclarecer qualquer assunto relacionado ao nosso mandato parlamentar; e que o meu único compromisso é com a verdade dos fatos”, garante.


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