O ex-ministro do Turismo por indicação de José Sarney (MDB-MA), Gastão Vieira (Pros-MA), indicou, sem querer, que uma engenharia montada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) teve como único objetivo dar a ele um assento na Câmara dos Deputados, onde não conseguiu chegar em outubro último diretamente pelo voto popular.
Em publicação no Twitter, nessa sexta-feira 15, após o comunista anunciar o deputado federal Rubens Pereira Júnior na Secid, e a permanência do primeiro suplente da vaga Simplício Araújo na Seinc, Gastão agradeceu o “acolhimento pessoal” que Dino “ofertou” a ele. “Conte comigo. Honrarei a sua confiança!”, ainda adulou.
O reconhecimento a Flávio Dino, embora sem intenção, reforça a tese de que a valorização da meritocracia e o fim do fisiologismo prometido pelo comunista são apenas discursos eleitoreiros.
Por esse discurso, de que representava a mudança na forma de fazer política, Dino conseguiu destronar o clã Sarney do Palácio dos Leões e ainda enterrou da vida pública as famílias de compadres Lobão e Murad.
Evidenciado agora, por meio da delação de Gastão Vieira, que o discurso de Flávio Dino é um, mas na prática o ato é outro, fica a pergunta: o que mudou!?