PF prende presidente da CNI em operação que mira desvios no Turismo e Sistema S
Política

PF prende presidente da CNI em operação que mira desvios no Turismo e Sistema S

Segundo investigações, grupo familiar teria usado empresas de fachada para desviar R$ 400 milhões

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta terça-feira 19, durante a Operação Fantoche, o presidente da CNI, Robson Andrade.

Deflagrada em parceria com o TCU (Tribunal de Contas da União), a operação investiga uma suposta organização criminosa suspeita de desviar R$ 400 milhões do Ministério do Turismo e de entidades do Sistema S, entre elas o Sesi.

A investigação aponta que um grupo de empresas de fachada, sob o controle de uma mesma família, vem executando contratos, desde 2002, por meio de convênios tanto com o ministério, quanto com as entidades. Eles já receberam mais de R$ 400 milhões.

Também foram presos os donos da empresa Aliança Comunicação e Cultura, Lina Rosagomes Vieira da Silva e Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva, e o presidente da Fiepe (Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco), Ricardo Essinger.

No total estão sendo cumpridos dez mandados de prisão temporária, e 40 de busca e apreensão nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas. As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.

A PF afirma que a organização era voltada para a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

O nome da operação se deve a um dos festivais realizados pelo Sesi, o Bonecos do Mundo, idealizado por Lina Rosagomes.



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