O prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (PSDB), pode renunciar pela segunda vez o comando do município em troca de um cargo de confiança no Palácio dos Leões, agora sob o comando de Flávio Dino (PCdoB), seu novo padrinho político.
Alguns assessores mais próximos do tucano ouvidos pelo ATUAL7 afirmaram que ele está de quarentena, ainda decidindo se aceita ou não a proposta de assumir uma pasta técnica que lhe garanta autonomia para atuar como espécie de gerente metropolitano como outrora foi Ricardo Murad, visando a sucessão de Edivaldo Holanda Júnior (PDT) nas eleições de 2020. Outros garantiram que já se definiu, e planeja renunciar o cargo de prefeito após o Lava Pratos.
Se resolver embarcar novamente na aventura, Luis Fernando deixará o Executivo do terceiro município mais populoso do Maranhão sem cumprir a propalada promessa de ‘reconstrução’ da cidade do santo padroeiro.
De acordo com diversos vídeos divulgados nas redes sociais nos últimos dois anos, desde que retomou o comando da prefeitura, ele vem enfrentando alta impopularidade, mantém uma gestão fraca, sofre rejeição do funcionalismo público, levou a saúde municipal ao casos e não consegue tirar do buraco e da lama ruas e avenidas praticamente de bairros inteiros.
Sequer conseguiu tornar efetivas as 10 medidas prometidas quando ele assumiu o mandato, e ainda revelou-se publicamente desequilibrado e ditadorzinho mequetrefe quando cobrado pela população por trabalho e competência.
No final de 2009, quando rejeitou pela primeira vez a confiança depositada nas urnas pelo eleitorado ribamarense para servir diretamente a então padroeira Roseana Sarney (MDB), com o objetivo de ser candidato oficial do clã ao governo estadual, o plano não deu certo.
Ciente da realidade que não possui densidade eleitoral além da MA-201, e sem o prestígio político esperado para se oficializar no pleito, Luis Fernando rompeu em 2014 com os Sarney praticamente em cima das urnas, e passou a amargar o apelido “picolé de chuchu”, dado pelos seus então adversários e hoje aliados, devido ao seu estilo aguado, insosso, sem gosto.
Agora anilhado ao projeto de quem ele mesmo classificou de “mudança de gogó”, se a Justiça Eleitoral não atrapalhar e a proposta for aceita, o “picolé de chuchu” tentará ganhar sabor.
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