Em meio a pressão provocada pelas graves acusações contra o secretário de Segurança Pública de sua gestão, Jefferson Portela, o governador Flávio Dino (PCdoB) resolveu demitir o delegado de Polícia Civil Tiago Mattos Bardal dos quadros da Polícia Civil do Maranhão.
A demissão foi assinada na última terça-feira 25, um dia antes de Bardal ser autorizado pelo juiz Ronaldo Maciel a ir à Brasília para oitiva na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) da Câmara dos Deputados, sobre supostas ilegalidades que teriam sido determinadas por Portela no comando do pasta.
Solicitada pelo deputado federal Aluísio Mendes (Pode-MA), a audiência está marcada para acontecer na próxima terça-feira 2, a partir das 16h30. Jefferson, que também será ouvido pelo colegiado em data posterior, ainda não definida, nega as acusações.
Segundo julgamento do processo administrativo disciplinar contra Bardal, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), a comissão processante resolveu aplicar a pena de demissão ao ex-chefe da Seic (Superintendência Estadual de Investigações Criminais) com base nas investigações de inquérito policial da Seccor que noticia, em tese, que ele teria recebido propina de um empresário alvo de apreensão de caixas de cigarro supostamente contrabandeadas.
Ainda cabe recurso à decisão, que pode ser contestada no Poder Judiciário maranhense em razão do processo criminal contra Tiago Bardal que apura a mesma suposta ilegalidade ainda estar tramitando na 2ª Vara Criminal de São Luís.
O empresário que teria sido beneficiado por Bardal supostamente mediante pagamento de propina, inclusive, deu em juízo uma versão diferente da apresentada no inquérito da Seccor, o que pode beneficiar o agora ex-delegado de Polícia Civil, e complicar outros dois delegados e um investigador, caso o Ministério Público do Maranhão, que apura a incongruência nos depoimentos, confirme que houve eventual armação contra o ex-chefe da Seic.
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