Turma do STF deve julgar pedido de liberdade de Lula nesta terça
Política

Turma do STF deve julgar pedido de liberdade de Lula nesta terça

Julgamento pode acontecer no momento em que Lava Jato e Sergio Moro estão sob pressão

Um pedido de nulidade do processo que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Lava Jato foi incluído pelo ministro Edson Fachin na pauta de julgamento, desta terça-feira 11, da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

O processo estava sendo analisado pelo plenário virtual do colegiado, mas, a pedido do ministro Gilmar Mendes, foi transferido para o plenário físico. Até agora, dois ministros votaram contra a concessão da liberdade de Lula.

No recurso, a defesa de Lula contesta uma decisão do ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). No ano passado, Fischer rejeitou um pedido de absolvição do petista no processo do triplex do Guarujá, que motivou a prisão do ex-presidente. Segundo os advogados, Fischer não deveria ter julgado o caso sozinho, e sim levado a discussão para a Quinta Turma do STJ, que conduz a Lava Jato.

O julgamento acontece no momento em que a maior operação de prevenção e repressão à corrupção da história do Brasil e o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, estão sob pressão, com o vazamento de conversas relacionadas à Lava Jato entre o ex-juiz federal e o procurador Deltan Dallagnol.

A Segunda Turma do STF é formada pelos ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin.

Além disso, Gilmar Mendes liberou para a votação, possivelmente no dia 25 de junho, o pedido de suspeição de Sérgio Moro feito pela defesa de Lula.

O petista entrou com esse recurso ainda no ano passado, depois que Sérgio Moro foi indicado por Jair Bolsonaro para ser ministro de seu governo. Segundo a defesa, o então juiz federal, responsável pela condenação do petista em primeira instância no caso Triplex, teria se beneficiado com a sentença. Confirmada em segunda instância, resultou na prisão e no afastamento de Lula do processo eleitoral. E, segundo a defesa, teria aberto caminho para a vitória do ultraconservador.



Comente esta reportagem