Alto clero da Assembleia Legislativa do MA tem 10 deputados
Política

Alto clero da Assembleia Legislativa do MA tem 10 deputados

Dos novatos, apenas um não integra o baixo clero. Expressões servem para definir relevância dos parlamentares

Terminado o primeiro dos quatro anos da atual composição da Assembleia Legislativa do Maranhão, já é possível classificar quais parlamentares da Casa fazem parte dos chamados alto clero e do baixo clero.

As expressões surgiram, inicialmente, em referência à hierarquia da Igreja Católica para distinguir quem integra e quem não integra o Colégio dos Cardeais, órgão responsável pela escolha do Papa. Na política, passaram a ser utilizadas desde o tempo de Ulysses Guimarães, um dos líderes do processo de redemocratização do país, para definir os deputados de alta e os de pouca expressão, separando àqueles que têm respeito e influência junto aos Poderes e boa movimentação de bastidor, daqueles movidos principalmente por interesses paroquiais ou pessoais, respectivamente.

Com base nestes critérios, análise feita pelo ATUAL7 constatou que, dos 42 deputados da Alema, apenas 10 integram o alto clero, pois acumularam capital político, e não apenas carreira eleitoral, ao longo do ano de 2019. Por ordem alfabética, fazem parte: Adriano Sarney (PV), Arnaldo Melo (MDB), César Pires (PV), Glalbert Cutrim (PDT), Marco Aurélio (PCdoB), Neto Evangelista (DEM), Othelino Neto (PCdoB), Rafael Leitoa (PSB), Wellington do Curso (PSDB) e Yglésio Moyses (sem partido).

Destes, Yglésio é o único deputado de primeiro mandato a alcançar o topo do Palácio Manuel Beckman.

Todos os demais 32 parlamentares da Assembleia Legislativa maranhense, entre novatos e calejados, fazem parte do baixo clero na atual legislatura. A maioria subsiste ou estreou na Assembleia Legislativa por fruto da política patrimonialista culturalmente instalada no Maranhão, que ainda rende mandatos às custas dos cofres de prefeituras comandadas por parentes ou por força política destes familiares.

O baixo clero é formado, por ordem alfabética: Adelmo Soares (PCdoB), Andrea Rezende (DEM), Antônio Pereira (DEM), Ariston Ribeiro (Avante), Carlinhos Florêncio (PCdoB), Ciro Neto (PP), Cleide Coutinho (PDT), Daniella Tema (DEM), Detinha (PL), Edson Araújo (PSB), Edivaldo Holanda (PTC), Helena Duailibe (SD), Leonardo Sá (PL), Thaiza Hortegal (PP), Duarte Júnior (PCdoB), Fábio Macedo (PDT), Felipe dos Pneus (PRTB), Fernando Pessoa (SD), Hélio Soares (PL), Mical Damasceno (PTB), Pará Figueiredo (PSL), Pastor Cavalcante (PROS), Paulo Neto (DEM), Ricardo Rios (PDT), Rigo Teles (PV), Rildo Amaral (SD), Roberto Costa (MDB), Vinicius Louro (PL), Wendell Lages (PMN), Zé Gentil (PRB), Zé Inácio (PT) e Zito Rolim (PDT).



Comentários 3

  1. Gomes

    Sem se falar que atualmente além da grande maioria da composição da Alema ser do "baixo clero", como bem observa o atento blogueiro Yuri Almeida, quase a totalidade da Casa é de energúmenos e de políticos de poucas luzes e é relativamente composta de deputados de parcos recursos financeiros, salva-se somente uns 3 ou 4. Totalmente diferente de outrora, época de Remi Trinta, Antônio Joaquim, Humberto Coutinho, Manoel Ribeiro, Ricardo Murad, Eliseu Moura, Davi Alves Silva, Zé Gerardo, Carlos Braide, Pontes de Aguiar, Vitor Trovão, Zé Genésio, Sarney Filho, Eduardo Matias, Chico Coelho, Chico Martins, Zé Lamar, Nagib Haickel etc., etc., etc. Tinha ainda Dr. Anselmo (Codó), Dr. Coelho (Bacabal), Dr. Carlos Melo (Pedreiras). Todos médicos abastados, e muito mais. Rsrs

  2. Pedro Gustavo

    Graças a Deus odeputado que votei não faz parte desse “alto clero”. Votei e tenho orgulho do futuro prefeito de São Luís, Duarte Jr!

  3. Luan

    Pelo baixo nível, de como se faz política no Maranhão, ser do baixo-clero não necessariamente é um mal indicativo.
    Na Democracia, todo poder emana do povo, que está cada vez mais informado e de olho em quem quer trabalhar e quem só quer fazer conchavos.

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