Levantamento divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística) no final do ano passado, referente a 2018, aponta que o Maranhão segue como o estado do país com a maior quantidade de pessoas com rendimento abaixo da linha da pobreza e da extrema pobreza. Segundo dados do SIS (Síntese de Indicadores Sociais), 20% dos maranhenses vivem com menos de R$ 145 por mês, e 53,0% com até R$ 420. Mesmo assim, o governador Flávio Dino (PCdoB) voltou a alugar jatinhos para percorrer o país e viajar com mais conforto.
O novo contrato foi fechado com a empresa Solar Táxi Aéreo, de Forteza (CE), por R$ 7,6 milhões, em fevereiro último. A vigência é de 12 meses. A Solar tem como sócios a Jet Borges Participações S/A —de Gustavo Monteiro Monasterio e Cristiano Lima Braga Silva— e Carlos Augusto Medeiros Goes Filho.
Segundo o novo contrato, duas aeronaves, uma tipo jato executivo e outra turbo-hélice, devem ficar à disposição do comunista, baseadas no Aeroporto Marechal Cunha Machado, em São Luís, prontas para embarque. O critério de pagamento pela locação será por quilômetro voado e hora voo, respectivamente.
A Solar Táxi Aéreo é a mesma que, em junho de 2019, já havia celebrado um contrato de R$ 3,6 milhões com a gestão comunista, por dispensa de licitação, para a prestação do mesmo tipo de serviço.
Para voar com Dino, a empresa cearense desbancou a Heringer Táxi Aéreo, dos sócios Aloísio Pedro Heringer e Eurídice Carneiro Heringer. Localizada no próprio Maranhão, em Imperatriz, a Heringer participou da campanha eleitoral do comunista em 2014 e, após ele ser eleito, chegou a fechar quatro contratos com o governo, recebendo quase 24 milhões da gestão comunista.
Possível pré-candidato a Presidência da República em 2022, antes de chegar ao Palácio dos Leões ao cooptar quase todos os membros do clã Sarney e, com isso, formar uma frente ampla e derrotar o pouco que sobrou da antiga oligarquia, Dino já usava as redes sociais para fazer o que agora faz contra Jair Bolsonaro (sem partido): criticar adversários e fazer proselitismo político.
Em uma dessas publicações, vendeu que sua antecessora, Roseana Sarney (MDB), preferia “o uso eleitoreiro, imoral e ilegal” dos recursos públicos com locação de aeronaves do que destinar a verba para o benefício da população.
“Com os vários helicópteros e aviões alugados pelo governo do Maranhão, daria para propiciar um transporte eficiente e digno para pacientes graves que atualmente sofrem em ambulâncias na estradas maranhenses. E melhorar a segurança pública em todas as regiões do Estado. Mas a oligarquia prefere o uso eleitoreiro, imoral e ilegal”, publicou.
Cinco anos e dois meses depois, Dino vem afundando o Maranhão na extrema pobreza, mantém gastos com aluguel de jatinhos, usa com seus auxiliares helicóptero da Polícia Militar comprado para o combate à criminalidade, não consegue cumprir a promessa de concluir as obras dos sete centros para tratamento de hemodiálise que já estavam e andamento e deveriam ter sido entregues desde o primeiro ano de sua primeira gestão, e ainda se juntou a Sarney, agora ex-desafeto, para, novamente em meio à criticas a adversários e proselitismo político, passar para o Brasil que representa a mudança e conseguir se manter no poder, voando do Palácio dos Leões para o do Planalto.
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