Eventual rejeição nas urnas ao candidato Neto Evangelista (DEM), nas eleições municipais deste domingo 15, não significaria apenas uma derrota do democrata no pleito. Se não tiver a preferência suficiente do eleitorado que garanta vitória no 1º turno ou ida para o 2º turno, também será derrotado o PDT. O maior derrotado.
Comandado no Maranhão pelo senador Weverton Rocha, o partido está enraizado no Palácio de La Ravardière há mais de 30 anos ininterruptos. Nas eleições de 2020, o PDT está na vice de Neto Evangelista, com a militante pedetista Luzimar Lopes Correa, indicada por Weverton.
Para perdurar por pelo menos mais quatro anos na prefeitura da capital, o PDT coligou com uma especialista em permanência de longevidade no poder e em oligarquia: a ex-governadora Roseana Sarney (MDB). Para isso, valeu até mesmo esconder Roseana durante toda a campanha.
Deixar de encabeçar a chapa para outro partido também faz parte da estratégia da oligarquia pedetista, como mostra a história.
O domínio do PDT na prefeitura de São Luís teve início com Jackson Lago (já falecido), na gestão de 1989 a 1992, depois continuou com Conceição Andrade (1993 a 1996), Jackson Lago novamente (1997–2000; 2001-2002) e Tadeu Palácio (2002 a 2008). Essa hegemonia foi quase interrompida com a gestão do PSDB de João Castelo (já falecido), de 2009 a 2012. Entretanto, o tucano —que divide com Neto Evangelista a promessa eleitoreira do VLT— contou com o apoio de Jackson Lago no segundo turno das eleições daquele ano, o que garantiu ao PDT a permanência de dezenas de milhares de comissionados que até hoje incham a administração municipal.
Já Edivaldo Holanda Júnior (2013–2016; 2017- 2020) foi eleito pela primeira com o apoio do PDT e reeleito pelo partido, onde ainda permanece e auxilia, com a estrutura da prefeitura, a campanha de Neto Evangelista.
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