Bolsonaro diz ao STF que governo Dino deixou de responder três solicitações para segurança presidencial em Balsas
Política

Bolsonaro diz ao STF que governo Dino deixou de responder três solicitações para segurança presidencial em Balsas

Governador do Maranhão nega formalização dos requerimentos e diz que presidente cometeu calúnia

Em manifestação apresentada em um pedido de explicações formulado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) no STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informou ter enviado ao menos três ofícios ao Governo do Maranhão solicitando segurança presidencial durante viagem a Balsas, no sul do estado, prevista para outubro último.

A viagem, segundo afirmou Bolsonaro durante entrevista à rádio Jovem Pan no dia 21 daquele mês, foi cancelada porque Dino teria negado o efetivo da PM para fazer seu esquema de segurança.

“Infelizmente, o governo do Estado, [sob] Flávio Dino, resolveu não ceder a Polícia Militar para fazer a segurança mais aberta minha”, afirmou o presidente, que na manifestação frisa ser verdadeiros os fatos declarados na entrevista, e que não houve a intenção de caluniar o comunista.

De acordo com a AGU (Advocacia-Geral da União), que faz a defesa de Bolsonaro, os documentos foram enviados pelo Gabinete de Segurança Institucional ao secretário estadual da Segurança Pública, Jefferson Portela, e ao comandante de Policiamento da Área do Interior, que, ainda segundo a defesa do presidente da República, não apresentaram resposta e ainda deixaram de comparecer à reunião agendada para o dia 19 daquele mês, voltada para discutir questões relativas à segurança à comitiva presencial.

Na petição, Dino nega a formalização dos requerimentos, e afirma que o presidente cometeu calúnia, ao sinalizar, em tese, que ele cometeu crime de prevaricação ao ter deixado de praticar, indevidamente, ato de ofício visando satisfazer interesse pessoal.

Com a explicação de Bolsonaro, o pedido foi arquivado pelo ministro Marco Aurélio, relator do caso no STF, desde o dia 19 de novembro. No sistema processual do Supremo, até o momento, mais de um mês depois, não há registro de que Dino tenha apresentado queixa-crime contra o presidente da República referente ao assunto.



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