Liberação de cultos presenciais em meio à alta da pandemia contou com lobby de Eliziane Gama
Política

Liberação de cultos presenciais em meio à alta da pandemia contou com lobby de Eliziane Gama

Número de óbitos registrados nas últimas 24 horas bateu recorde no Maranhão neste domingo, com 45 mortes pela doença

A senadora maranhense Eliziane Gama é uma das lideranças evangélicas que fizeram o lobby pela liberação da realização presencial de cultos, missas e demais celebrações religiosas no país, conforme decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Kassio Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à corte no ano passado.

Publicada no sábado 3, a decisão impede estados, o Distrito Federal e municípios de editarem ou de exigirem o cumprimento de decretos ou atos administrativos locais que proíbam completamente a realização de celebrações religiosas presenciais, por motivos relacionados à prevenção da Covid-19.

“Foi uma decisão importante para a realização de um serviço tão importante neste momento difícil do país”, comemorou a senadora, que liderou grupo de pastores evangélicos em audiência com o ministro do STF pela liberação da realização presencial dos eventos religiosos.

O lobby de Eliziane —que ignora o pior momento da pandemia, com aumento dramático de casos e mortes por Covid-19 no Maranhão, estado da senadora, e demais regiões do país— contrariou o próprio partido da parlamentar, o Cidadania, que discorda da liberação desse tipo de evento, ainda que com algumas regras de distanciamento social, conforme estabelece a decisão do ministro do Supremo, como a limitação a 25% da capacidade do público.

Nunes Marques atendeu a um pedido de liminar feito pela Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos), uma entidade fundada pela atual da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. A entidade argumentava, dentre outras coisas, que o direito fundamental à liberdade religiosa estava sendo violado por diversos decretos estaduais e municipais que proibiram os cultos e missas presenciais.

Neste domingo 4, foram registrados 45 óbitos no Maranhão nas últimas 24 horas, o recorde da pandemia no estado. Com isso, são 6.236 pessoas mortas pela Covid-19 no estado. Ao todo, 244.754 pessoas foram diagnosticadas com a doença no Maranhão.

O país chegou a 331.530 mortes pela Covid-19 e a 12.983.560 pessoas infectadas desde o início da pandemia.



Comentários 1

  1. Mercial Arruda Coelho

    Será mesmo, e por quê ela nunca fez isso junto ao govenador comunista, se até o partido dela o cidadania entrou foi com pedido pra derrubar a liminar do ministro Kássio.

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